Aerograma

Isento de Porte e de Sobretaxa Aérea

15  02 2009

O Aerograma tem bicho!

O Aerograma não vive só nesta espécie de papel-de-carta-de-avião dos tempos modernos. Como tenho uma memória abençoada, muitos assuntos que achei interessantes acabaram por cair no esquecimento. Passei a tomar notas. Muitos artigos nasceram numa folha de papel quadriculado de um bloco muito surrado, já sem capa, que anda dobrado num bolso, junto da caneta.

O Aerograma, nesta forma tangível, acompanha-me a todo o lado. Nunca sei quando surge a inspiração para mais um texto. Conseguir ter qualquer coisa menos má publicada todos os dias, dá muito trabalho.

No dia em que jantei com o Diário da África e a Casa de Luanda, fui apanhado pelo A., em flagrante delito, a escrevinhar o início de um artigo. Teve origem numa pequena conversa telefónica, em que alguns nomes de ruas e pontos de referência foram trocados em vão. “Ainda não me oriento com os nomes em Luanda”, ouvi do outro lado. Achei que seria interessante voltar a abordar o tema da toponímia indeterminada.

Mas houve um dia em que não fui eu quem acrescentou mais uma história ao bloco. Foi o próprio assunto que o encontrou! Descobri que tinha o Aerograma bichado.

blog_bichado
Tem bicho, tem bicho!

Felizmente que o escaravelho estava apenas interessado em seguir a lombada azul para trás e para diante. Se o achasse menos indigesto, por esta altura tinha perdido quase tantos textos ao esquecimento quanto à fome do bicharoco.

Acerca do autor

1

Nascido no século passado com alma de engenheiro, partiu para Angola, de onde envia pequenos aerogramas.

3 respostas a “O Aerograma tem bicho!”

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  1. Será o escaravelho tão bom leitor como eram bons ouvintes os peixes, do sermão de Vieira?

    Abreijos!

  2. Será que os próximos aerogramas sairão “abichanados”?!!! 🙂
    Abraço,
    Sérgio

  3. Olá Afonso.
    Atrevo-me a opinar que o bicho é apenas pretexto.
    Sei o que são as armadilhas da memória. Por isso lamento não ter esse hábito. Ou pelo menos, de não o ter tido.
    Procuro hoje rabiscar memórias antigas de uma parte remota de Angola (angola3441@blogspot.com) no tempo em que os aerogramas (amarelinhos, de papel) eram de verdade e em Luanda não havia engarrafamentos.
    Por isso, sei a falta que faz um bloco de notas. Mesmo bichado, não o perca.

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