Aerograma

Isento de Porte e de Sobretaxa Aérea

17  12 2009

Sete horas e meia de aborrecimento

A parte mais difícil de trabalhar em Angola é a localização. Angola fica mesmo longe. Meio mundo nos separa das nossas referências e dos que nos são mais chegados.

Até custa a acreditar que, há cinco séculos, uns maduros se tenham feito ao mar no que hoje chamamos cascas-de-noz e tenham, não só aqui chegado, como continuado viagem até outras paragens ainda mais distantes.

Actualmente faz-se a viagem de avião e Lisboa está a sete horas e meia de distância. Mas é uma viagem monótona e aborrecida. Para passar o tempo e manter os passageiros ocupados, de vez em quando serve-se uma refeição mais ou menos boa.

A bordo dos aviões da TAAG há mais formas de nos abstrairmos da duração da viagem. Filmes e jogos nos monitores individuais permitem ir ocupando o tempo. Também proporcionam uma viagem mais cansativa porque acabamos por dormir menos. Pior que não ter estas mordomias é tê-las e elas não funcionarem…

Tetris avariado
Mais valia não haver

Já não bastava ter dado um pontapé no banco da frente, as costas do meu assento não rebaterem e não ter espaço para cruzar as pernas, nem o tetris funciona…

Acerca do autor

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Nascido no século passado com alma de engenheiro, partiu para Angola, de onde envia pequenos aerogramas.

5 respostas a “Sete horas e meia de aborrecimento”

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  1. O pontapé no banco da frente foi para tentar reparar o TETRIS?
    Eu tive o mesmo problema a vir da Coreia, 11 horas de vôo e o monitor, supostamente “touch”, tinha um desfasamento de cerca de 10cm do cursor ao sítio onde se tocava. E claro, os botões que eu queria pressionar estavam na zona em que era impossível aceder…

  2. Opá…
    Já não se fazem portugueses como antigamente.

  3. Realmente, os portugueses de agora são uns fraquinhos… sete horas e meia em vez de três meses e ainda reclamam…

  4. E sete horas e meia fora o resto eheheh
    O record aqui já atingiu desde que se saiu de casa em Luanda até se entrar em casa em Lisboa 15 horas. É dose, mas depois sabe tão bem o recato do lar! Mesmo com o frio, poder retemperar para ganhar fôlego para a próxima estadia já minimiza a seca das viagens.

  5. A familia do meu marido foi das muitas que partiu por barco, eheheh, se eu já achei uma viagem de doidos e longa, de avião, nem imaginaria fazê-la de barco!!!!!
    Agora percebo que pouca diferença há entre TAAG e TAP…
    A primeira vez que viajei de avião foi para Toronto, tive uma seca de 11 h, o avião fez escala em Faro de 1.30 h, e nós ali fechados… embora o pessoal de bordo da Air Transat seja bem mais atencioso que o “nosso” e tudo o que nos proporcionam para passar o tempo até funciona!

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