Aerograma

Isento de Porte e de Sobretaxa Aérea

04 2010

Cela

No planalto do Amboím, a meio caminho entre Luanda e Huambo, fica a Cela. Na década de 1950 foi lá instalado um colonato pela Junta Provincial de Povoamento. As aldeias do antigo colonato foram absorvidas pelo projecto Aldeia Nova, embora ainda se vejam algumas inscrições a indicar J.P.P. e datas de fundação de meados da década de 1960.

Para além dos produtos agrícolas também se produzia carne e lacticínios, aproveitando as grandes extensões de pastagens disponíveis. O leite da região ganhou fama e até mesmo hoje, muitos anos depois do nome colonial ter sido preterido por Wako-Cungo, a própria Lactiangol vende leite sob a marca comercial de Leite da Cela.

Igreja Cela
Igreja

Os canais de irrigação abandonados há anos foram limpos e recuperados recentemente, permitindo que aquele grande planalto voltasse a ser cultivado em grande escala. De facto, as primeiras explorações agrícolas de cariz comercial estão a funcionar, produzindo hortícolas que conseguem fazer chegar às principais cidades graças às estradas recuperadas.

Acerca do autor

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Nascido no século passado com alma de engenheiro, partiu para Angola, de onde envia pequenos aerogramas.

11 respostas a “Cela”

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  1. Graças a Deus publicaste uma matéria não caluniosa e não difamatória contra Angola e contra o povo Angolano. O MPLA tem lido e analisado cada carácter escrito e publicado nessa pseudo-pagina virtual. Quanto menos esperares iras cair, igual ou pior que todos aqueles que conspiraram por esta nação. O regime racista do apartheide e a unita que te digam. Abraços e uma continuação de boa jornada

  2. Uma pequena amostra do que é necessário aturar na caixa dos comentários…

    Fico é sem saber se as supostas calúnias são contra Angola ou contra o MPLA. Já agora, para além das ameaças veladas, que tal rebaterem com argumentos válidos o que consideram ser menos que a verdade?

    Sinceramente, o MPLA tem mais que fazer do que andar a vasculhar páginas pessoais. Deixa esse trabalho para os desocupados que, curiosamente, até moram em Portugal, a avaliar pelos endereços IP dos computadores que usam.

    Façam o favor de ser felizes e aprendam que a liberdade de cada um termina onde começa a do próximo. E isso estende-se também à liberdade de expressão.

  3. Era visita assídua dessa terra, principalmente em fins de semana.

    E tive a oportunidade de visitar ainda criança a fábrica de lacticinios. Que bom queijo e manteiga produzia.

    É bom saber que pouco a pouco o povo angolano se ergue, com a sua terra tão fértil.

  4. Meu caro,

    Tenho “seguido” o seu/nosso blog com muito interesse, até porque muitos dos seus relatos não são mesmo nada novos para mim, o século já é outro é certo mas os “assuntos” são os mesmos. Conhecendo como conheço “essa gente” ( desde 1981 ) constato (com agrado) alguma ousadia sua, no entanto convêm sempre lembrar que apesar de tudo é Angola e o “M” às vezes repara, e por vezes através de idiotas como o que lhe fez a ameaça velada.

    No entanto, continue. Cpts.

  5. Ola estou a adorar ver a terra onde nasci Cela -Angola nos viviamos no aldeamento 10, estou nos Estados Unidos mas ate que gostari de um dia voltar a minha terra Natal a terra que cresci ate oas 16 anos adoro saber que tudo esta a ser recoperado da para ver algumas fotos com alguns recoperamentos em pontes predios etc… E assim mesmo angolanos para a frente com a recoperacao de Angola,eu gostaria de voltar a Angola mesmo para trabalhar tem 51 anos mas ainda com muita forca se houvesse possiblidades eu ia mais o meu marido e quem sabe os meus filhos gemeos rapaz euma rapariga para agudar aconstruir.Forca angola estaras sempre no meu coracao.

  6. Ate que em fim um post sem calunias!!!

  7. fatima pereira tens o mesmo sobrenome, conhccestes a GUALDINA PEREIRA? O MARIDO PARECE QUE ERA SOCIO DA COTONANG, SE TNNS ALGUMA NOTICIA POR FAVOR IDZ ME ALGO PENSO QUE ES MINHA FAMILIA

  8. Nuno Pereira eu penso que nao somos familia, contudo ha muitos Pereiras espalhados pelo mundo inteiro. Com respeito a cotonang eu nem sequer sabia que exestia essa companhia pois talvez as minhas irmas mais velhas e os meus cunhados um e o Figueiredo que trabalhava na antiga E.L.A fab de lact. Mais alguma coisa ficamos em contacto. BYEEEEEE

  9. Eu também vivi na fazenda 29/30 em 1962/63/64

  10. Bom dia Sr. Afonso Loureiro,

    Escrevo por um impulso.. nunca tive em Angola ou no continente africano, mas os meus pais casaram em Luanda em 29.07.1963. A minha mãe, Lucilia de Araújo Correia saiu de Portugal em 1962, mulher solteira, bonita e com um coração partido para recuperar em Luanda. Foi o seu irmão mais velho que a levou, Artur Araújo, para trabalhar com ele.
    Meu pai, Jorgen Stobberup Jensen, dinamarquês, jovem e solteiro partiu do seu país para ser supervisor na fábrica de lacticinios da Cela em 1961. Saiu do seu país falando inglês, a pensar que o iam entender em Angola, mas descobriu logo que tíria que andar pela fábrica com um dicionário inglês-português português-inglês.
    Escrevo esta breve nota porque meu pai está envelhecido e doente, com 76 anos, já não me consegue ajudar e gostaria de juntar fotografias e histórias sobre a vida dele antes que nos deixe.
    Peço desculpa a minha ousadia.
    É por amor que faço isto.
    Deste casal nasceram dois filhos, eu em 1966 e o meu irmão, Kim Araújo Stobberup, em 1964.
    Eu vivo em Lisboa e o meu irmão vive no Chile, onde o meu pai ficou depois de se reformar com 16 anos de carreira na F.A.O., ajudando sempre os menos favorecidos.
    Agradeço de antemão toda a sua atenção.
    Acreditando sempre que o passado ajuda na compreensão de quem somos.
    Um grande Abraço,
    Mariette

  11. Eu é que tenho de agradecer pelo seu testemunho.
    Curiosamente, leio o seu comentário na Dinamarca, terra onde parece ter começado esta história.

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