Aerograma

Isento de Porte e de Sobretaxa Aérea

23  06 2010

Sem data de regresso

Durante dois anos, as vindas a casa resumiam-se a duas breves semanas de cada vez. A partida estava logo à vista e quase nem havia tempo para apreciar a estadia. Este regresso definitivo trouxe-me uma alegria inesperada, a de não ter data de regresso. Sem o peso nos ombros de tentar fazer tudo o que ficou em suspenso nas duas semanas de licença, tudo ganhou outro sabor. Até as férias, que nunca foram bem férias por servirem apenas para matar as saudades da família, converteram-se, finalmente, em descanso, com direito a turismo e tudo.

Paris
Vista da Notre-Dame

Uma semana em Paris permitiu redescobrir a alegria de andar de transportes públicos, encontrar polícias solícitos a esclarecer dúvidas quanto a itinerários e que a vida de turista em Paris consegue ser mais barata que em Luanda.

Acerca do autor

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Nascido no século passado com alma de engenheiro, partiu para Angola, de onde envia pequenos aerogramas.

7 respostas a “Sem data de regresso”

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  1. Afonso, aproveite!
    Vc merece!

  2. Penso nisso muita vez, no ‘regresso’…

    E não acordas, por vezes, ou paras, a pensar nisto? nesta amálgama, que nos torce diariamente?

    E para quando o livro?

  3. São muitas as vezes que penso no que me molda e o que faz de mim o que sou. Cada nova experiência ditará como reagirei às seguintes e os regressos acabam por não ser regressos, mas sim apenas a continuação da viagem por águas menos desconhecidas.

    Quanto ao livro, as primeiras provas devem sair da tipografia este mês. Já faltou mais.

  4. Podias ter dito que ias a Paris e davas cá um saltinho!!

  5. Há-de haver tempo para aí dar um pulinho, nem que seja para entregar livros em mão.

  6. Já foi tempo em que em Angola era assim (transpotrtes públicos, polícias…). Salvarguardando as proporções, é claro!

  7. OUTROS TEMPOS, Calcinhas, outros tempos! Que saudades dos outros tempos! Porque, para nós que nascemos e vivemos em angola, dói-nos muito ler e ver estes relatos e fotos! Vivemos nos tempos de prosperidade! E não sei, até que ponto vale a pena revisitar ou confrontarmo-nos com as memórias dos outros tempos e as actuais! Valerá?

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