Aerograma

Isento de Porte e de Sobretaxa Aérea

05 2010

Na Quibala

A Quibala já viu dias melhores. A guerra civil deixou-lhe marcas fundas, com quase todos os edifícios do centro semi-destruídos e a reconstrução nacional passou-lhe ao lado, por haver cidades mais importantes na lista.

Edifício destruído
No centro

O seu campo de concentração dos tempos da república popular trouxe-lhe uma notoriedade indesejada, que a colocou no mapa como a terra para onde se enviavam os mais indesejáveis, com a esperança de que não regressassem. Até então a Quibala era apenas mais um cruzamento importante no planalto.

Edifício destruído
Em frente ao quartel

A cidade cresceu para os arrabaldes à custa de muitos telhados de chapa zincada e ruas enlameadas. O que resta do centro colonial assemelha-se a uma cidade-fantasma, esvaziada de vida. Tem habitantes, mas parecem sentir-se deslocados. Alguns velhos letreiros, que resistem até aos dias de hoje, apontam para negócios há muito fechados e simbolizam muitas vidas interrompidas.

Banco BCCI
Banco desaparecido  

Junto das muralhas do antigo forte empoleirado no batólito de granito que domina a paisagem, o ponto mais alto da povoação, ficam os velhos depósitos de água, que estiveram largos anos sem serventia. Actualmente, uma derivação feia traz água até uma estação de tratamento de aço inox israelita. Água potável já há, mas electricidade ainda não, assim o indicam as ruas escuras e o barulho dos pequenos geradores a arrancar no meio dos bairros ao pôr-do-Sol.

A disciplina é a base fundamental na organização da unidade
Na porta de armas

Ao lado do quartel vazio, há uma pensão. Várias casas baixas organizadas em torno de dois pátios, permitem alojar os viajantes que pernoitam na Quibala. Os preços são os habituais, chegando quase aos cem dólares por noite nos quartos duplos. Água poderá ou não haver, dependendo do nível do depósito no telhado. O pequeno gerador não tem potência suficiente para a bomba do poço, os frigoríficos do bar e as lâmpadas de 100 W dos quartos, que iluminam com a convicção de uma vela.

100 W
Gerador fraquinho

Com o fim da guerra as pessoas começaram a refazer as suas vidas. Os pequenos negócios vão surgindo um pouco por todo lado, com mercadorias a chegar por estradas agora em boas condições. Os primeiros chineses que cá chegaram abriram também lojas de fotografia que fazem um sucesso tremendo e ao final do dia as ruas enchem-se com as risadas e as batas brancas dos muitos alunos da Quibala.

Kibala English Center
Escola de Inglês

Acerca do autor

1

Nascido no século passado com alma de engenheiro, partiu para Angola, de onde envia pequenos aerogramas.

48 respostas a “Na Quibala”

Nota: Comentários mal-educados, insultuosos ou desenquadrados serão apagados.
  1. saudades da terra da minha mae.obrigado por compartilhar as fotos da quibala.nao tem mais?

  2. Serão publicadas mais algumas nos próximos artigos.

  3. No feriado de 4 de Abril andei pela Quibala/Gabela e, apesar da destruição que se percebe dos tempos da guerra civil, não pude deixar de constatar a beleza do local e a beleza dos “locais”. A paisagem daquela zona é ABSOLUTAMENTE MARAVILHOSA e as gentes são cordiais, hospitaleiras e educadas. Todos sem excepção, incluindo a policia. Como fomos em “viagem de aventura” excluimos do nosso roteiro pensões e hoteis. Na Gabela dormimos em tendas “colados” a uma pequena aldeia de pau a pique e tijolo de adobe. A paisagem era digna de uma qualquer brochura de agência de viagens. Inesquécivel. Antes de montarmos “arraial” pedimos autorização ao Soba que prontamente disse que podiamos ficar à nossa vontade pelo tempo que quizessemos. Toda a aldeia nos veio cumprimentar, ninguém nos pediu nada. Rigorosamente nada. De manhã ao acordar vieram dar-nos os bons dias e nunca me soube tão bem dizer “Bom dia, sim! Obrigada!”.
    Falamos com algumas pessoas na Gabela que nos disseram estarem as obras públicas paradas tendo os mesmos que eventualmente deslocar-se para Luanda para arranjar trabalho. Os olhos de quem nos disse isso estavam tristes, os nossos também ficaram. É a velha Angola de “guerra” de gente esforçada e trabalhadora. É uma parte fantástica de um país que PRECISA e MERECE ser valorizada. É esta Angola, mesmo “manca” pela guerra e por tudo o resto que nos fica no coração e na alma. Vou lá voltar novamente, com mais tempo porque vale mesmo, mesmo (!!)a pena!

  4. Nasci na Quibala, hoje tenho 47 anos, saí da Quibala com os meus Pais num dia á noite debaixo de fogo, quando arrebentou a guerra entre a UNITA e o MPLA. só trouxe a roupa que tinha vestido no corpo e na altura tinha 12 anos.
    Sinto uma grande saudade por nunca mais ter voltado á Quibala, cidade que me viu nascer e da qual tenho algumas recordações da minha infância. Sinto uma grande tristeza por ver algumas fotografias na internet, o quanto a minha Quibala se encontra destruida pela guerra, provávelmente nunca mais voltarei a ver ao vivo á minha terra.
    Gostaria de contactar pessoas que de uma maneira ou de outra tenhamm alguma ligação á Quibala.
    Vivo em Portugal-Leiria. Contactem-me através do meu E-mail.

  5. Vim aqui para ver fotografias da Quibala, terra onde já vivi.
    Deparei-me com o comentário acima descrito por João Barbas, O qual me deixou muito satisfeita, visto ser o meu primo que não vejo a muitos anos. Moravamos na Quibala e tivemos que fugir para Luanda como relata o primo joão. Gostaria de saber como entrar em contacto consigo, caso seja do seu interesse.

  6. Eu vivia no Lundo e quando fugimos á guerra paramos na Quibala. Por ali ficamos, já com as casas destruidas e as bombas de combustiveis que tinha desaparecido com a explosão de um morteiro 81, enquanto esperava-mos a chegada da coluna de automóveis que traziam os refugiados da Gabela. Enquanto por ali permanecemos, desde o nascer do dia até ás 16h, necessitamos de fazer as necessidades fisiológicas e dirigimo-nos ás trazeiras de um armazem que tinha logo um morro onde se situava o quartel. Logo fugimos dessas trazeiras, pois vimos dezenas de mortos vestidos com fardas de militares do MPLA e UNITA.
    A aldeia de pau a pique que havia do outro lado da estrada já tinha ardido toda, e algumas das casas ainda deitavam fumo. Havia, também, junto dessas casas queimadas alguns cães e porcos mortos. Era uma tristeza!
    Vejam e sigam o meu site em http://www.congulolundo.blogspot.com

    Um abraço a todos que amam Angola.

  7. Hoje fiquei muito feliz por encontrar esta página, pois vejo que tal como eu há mais pessoas que partilham da mesma paixão.
    Nasci em Luanda, mas vivi 4 anos na Quibala desde os 3 aos 7 mas tenho na memória ao pormenor vários momentos. Os meus pais construíram na Quibala uma casa que ficava em frente à casa do secretário do administrador e sei que nessa rua em terra batida, mais ao fundo ficava o gerador. O meu pai trabalhava na MCT (Missão de combate às tripanossomiass). Lembro-me perfeitamente da noite em rebentou a guerra, eu e a minha mãe e meu irmão de 5 meses estávamos sozinhos em casa, meu pai estava para Luanda. A UNITA ocupava o antigo quartel do exercito Português, O MPLA a casa do administrador. ao 2º dias os combates terminaram, o meu pai voltou de Luanda e no dia seguinte partimos em caravana, nós e umas 7 famílias para Luanda. Vivo em Bragança. e alguém quiser partilhar estas memórias o meu mail é ampreto@sapo.pt

  8. A Quibala, mesmo mostrando ainda fundas cicatrizes da guerra, continua a ser um local bonito.

  9. Alguém me diz em que dia é o encontro dos Angolanos da Gabela. Há vinte anos fui a um encontro na serra da boa viagem na Figueira da foz. E nunca mais tive essa oportunidade. Hoje não sei como encontrar essa data e o local eecolhido de ano para ano. As recordações que tenho da gabela não incluem Quibala, apesar de ter tido colegas de escola dessa localidade e em passeio conhecer Quibala. Vivi sempre na Capanga, e estudei no lar femenino da Gabela. Tinha por alcunha Cordeirinho. O meu mail é helena.ouro.vieira@hotmail.com obrigado

  10. Vivi na Quibala entre 1973 e 1975, altura em que trabalhei na Escola Preparatória Pinheiro Chagas. Pouco mais velho era que um bom lote de alunos que lá andavam.
    Gostaria de contactar pessoal quie por lá vivia na época. Como por exemplo o João Barbas, que creio eu, andava já na naquela extinta Escola

  11. Boa noite , o meu nome é Paula Cristina da Cunha Mendes e nasci em Luanda, Quansa Sul e segundo o meu pai Maximino Manuel Pires Mendes no Bairro de S. Paulo em 1974
    A minha mãe chama-se Maria Teresa Fernandes Cunha é sobre ela que eu vos peço ajuda para encontrar. Vim de Angola com o meu pai em 75 para lisboa….
    Era muito importante por isso vos peço a quem me puder ajudar, está a ajudar uma filha a encontrar a mãe. Passaram 36 anos, mas todos os dias me lembro dela.
    o meu contacto 914260621 ou pcmrijo@hotmail.com

  12. Olá Paula Cristina, há aqui qq coisa que não está certo. Dizes que nasceste em Luanda no S. Paulo mas também dizes Quansa Sul!! Assim fica difícil, és de Luanda ou do Quansa Sul?
    Um abraço, faço votos que encontres a tua querida mãe.
    Eu sou do Qwanza Sul.

  13. Ola,vivi e estudei na Quibala ano 1971 até 1975.
    Estava internada no Lar da Mocidade Portuguea.
    Estudei na Escola Preparatória Pinheiro Chagas.
    Gostaria contactar com pessoas da Quibala.
    Vivo em España

  14. Gostava de encontrar moças que estiveram interna
    das no lar da Mocidade Portuguesa na Quibala.Alguem pode-me ajudar???? O meu correo anrosys@hotmail.com

  15. Li os comentários acima e alguns dos Autores lembro-me bem deles, outros lembrar-me-ei por terem estudado na Escola Preparatória Pinheiro Chagas da Quibala.
    Quem queira contactar-me, aqui fica o meu endereço electrónico
    jocurima@gmail.com

  16. Nasci na quibala,sai de la com meus 4 anitos,hoje tenho 40.agradecia que puplicassem mas fotos da minha terra natal.obrigado.

  17. sai em 1990 ainda em guerra, estou com muita saudade dessa terra chamada Quibala. ainda hoje tenho lá irmas e muita gente que pertence. é com muita saudades que vi as fotos. havemos de voltar dizia alguem.

  18. soy uruguayo estube 9 meces en quibala en 1996 bajo odenes de UNAVEN3 convivi con los de la unita EN UN CAMPO DE CONSENTRCION EN eL PLAN DE DESARME DE LAS TROPAS VI LAS RUINAS DE LA CIUDAD Y LOS PELIGROS POR LAS MINAS SEMBRADAS POR TODOS LADOS AL TERMINO DE LA MISION FUIMOS A WUAMBO LUEGO LOBITO Y BENGUELA TOMAMOS EL AVION HASTA LUANDA RETORNANDO A MUESTRO PAIS URUGUAY TENGO MUCHO RESPETO AL PUEBLO ANGOLANO DONDE INTRCAMBIAMOS COSTUMBRES Y CULTURAS Y SIEMPRE ESTA PRESENTE EN MI LAS IMAGENES QUE VI DESE PUEBLO VITIMA DE LA GUERRILLA SALUDOS A TODOS los angolanos

  19. Caro Jorge,

    Agradeço-lhe pelo testemunho.

  20. sou filho da quibala defendi quibala ate 93.
    sou membro co-fundador da anakibala.

    a minha aldeia é kipiti bumba alunga.

    ate quando o reencontro dos quibalistas num clima de paz de alegria e fratwernidade ate quando minha terra se liberta dos escombro…so deus sabe…a minha quibala quando aos homens o que pessam? nao vendem as terras porque um dia valeram pra nos. ai meu quibala 10 anos de paz quase que nada tranpirou. nao ha desenvolvimento. agora tem diamanteso para ver..

    df

  21. Pois é, o desenvolvimento parece que ainda não saiu de Luanda.

  22. Eu sou um kibalista genuino fiz a tropa na quibala no bat.722, ate a morte do comandante kadimba. ate agora alguns dizem que kibala esta a desenvolver, mas em que aspecto? para que um municipio se desenvolva não somente esperando dos fundos do estado ou dos projectos financiados pelo governo. Na minha opinião os filho desta terra tem que andar e parar e olhar para trás e reunir em forum. Eu por exemplo ja andei e parei e propus a criação da anakibala e foi criado. Naõ exerço actividade nela porque os homens a quem eu solicitei para a sua programcaçao deixaram -me cair. este ja é um principio de servir a quibala como denominador comum para resolver em conjunto ou para auxiliar o trabalho da administracao local. os pequenos empresario, os comerciante s os investidores de outras regioes os pequenos empredidores etc. estes todos se se juntarem os esforços partindo da base de uma organizacao como a anakibala o municipio pode conhecer novos rumos.
    eu sendo filho da quibala que sempre continuo a investigar sobre quibala sinto muito sobre o calar dos filhos.espero que daqui para frente vamos redobrar os esforços para revitalizar a anakibala.
    agradeço muito os irmao que tem blogs onde tenho encontrado muita coisa boa sobre quibala sobre tudo do portal anakibala.

    endereço

    filipe: Email- kandandala@yahoo.com,filipe1968@hotmail.com

  23. Os meus votos ao irmao Afonso Loureiro, por ter criado esta correio.
    Sou um membro co-fundador da anakibala, ate agora a anakibala por exemplo não é aquilo que eu julguei ser. No meu ponto de vista anakibala devia ter como base a casa dos kibala ou a sede provisória cá em Luanda. segundo fazer-se-a um inquerito sobre os naturais e amigos, conhecer quem sao os membros Sócios Fundadores;
    b) Sócios Ordinários;
    c) Sócios Honorários;
    d) Sócios Beneméritos.
    Primeiramente, para que esta associação tenha existência regular, impõe-se a sua formalização através da criação de uma pessoa jurídica. Não se trata de uma empresa, mas sim, de uma associação civil sem fins lucrativos, a qual genericamente é conhecida como Organização Não Governamental. Quem serão os associados? Qual a forma de associação ? (neste aspecto, deve-se refletir se o desejo é de uma associação que deseja ampla afiliação ou se pretende que o ingresso dos associados se dê de forma mais ou menos restrita) .

    sao ainda varios criterios para que a associacao tenha renome e tornar-se conhecida. ate aqui do que tenho notado é apenas fama sem criar base.
    neste caso procuremos dinamizar a anakibala como forma a ajudar a desenvolver kibala.

    partilhar ei com website

    filipe

  24. Ha ainda a questao da lingua falada na quibala sobre se os quibala falam ngoya. gabriel vinte e cinco nas suas alocuções em que eu tenho acesso, nega existência de língua Ngoia no Kwanza-Sul

    Carismático da Igreja Metodista Unida, escritor e membro fundador do CICA conselheiro da anakibala, considera ate agora que “ngoya” é um termo pejorativo supostamente utilizado na província do Kwanza-Sul por falantes da língua kimbundu.

    O reverendo dissertava em língua nacional kimbundo sobre o tema “o kimbundo falado no Kwanza-Sul”.

    Segundo ele “Ouve-se falar com muita frequência da existência de uma língua chamada Ngoia no Kwanza-Sul o que nega categoricamente, depois de consultados conceituados etnógrafos, como José Redinha, Carlos Erverdosa, António Rego sem que alguém tenha conhecimento desta língua.

    Para o Gabriel Vinte e Cinco o kimbundo falado no Kwanza-Sul é composto pelas seguintes variantes: Kisama, Lubolo, Haku, Sende e Kibala.

    Em Angola a língua kimbundo corre o risco de desaparecer, já que levados pela ignorância ou vaidade dos nativos as pessoas privilegiam sobremaneira o português, achando que as línguas nacionais reduzem a sua personalidade.

    Este facto tem vindo a retardar o desenvolvimento do kimbundo (e da nossa cultura) ao contrário dos bakongos, cokwes, umbundos e outros grupos que conservam as suas línguas e cultura.

    O reverendo propôs ao Ministério da Cultura que se promovam encontros de estudos das línguas nacionais por áreas de residências, convidando especialistas e velhos que dominam a matéria visando salvaguardar o património cultural que representam as línguas.

    tudo isto passa pela conquista de todos os filhos e naturais amigos escritores estudante fontes orais etc para que os quibala se revejam na sua origem tradição.

    para um quibala melhor e competitivo unamo-nos a todos ruma a novos desafios.

    filipe

  25. No final proponho a renovacao de mandato na organizacao Anakibala. esta proposta é extensiva ao Sr. presidente da anakibala francisco Antonio panguila.

  26. Oi Ana Rosa Vieira De Almeida. sou quibalista conheço quibala e vivi na quibala vivo ainda na quibala desde a minha mocidade ate 1993 altura em que o municipio foi retomada. qualquer coisa.kandandala@yahoo.com ou filipe1968@hotmail.com-luanda

  27. A ana kibala esta a levar acabo de um levantamento de todos os filhos da kibala. para tal basta enviar o seu e-mail filipe1968@hotmail.com,kandandala@yahoo.com.
    vamos levantar quibala com os nossos esforços orgulho de ser quibalista.

  28. Estudei na Quibala em 1971 e 1973 gostaria de encontrar amigos de lá queria muito saber o que aconteceu aquela familia que eram conhecidos pelos barbeiros,Dulce Farinha e todos os outros os meus pais trabalharam no bar benfica e as minhas ermãs nasceram na Quibala s-ao gemias que ganharam o enxoval da escola primaria se alguem quiser contactar-me faça-o atravez do meu mail obrigado

  29. Acho importante que no quanza sul se conserve a lingua (quinbundo) o povo não deve ter vergonha da sua cultura deve sim ter orgulho eu vivi na Quibala e sempre quis aprender quinbundo inflismente não aprendi.Porque não falar Quinbndo e Português

  30. A situação ideal seria a de poder falar a língua local, neste caso o Quimbundo, e o Português, que serve de língua franca no resto do país. É o que acontece no Sul de Moçambique. Há muitas línguas que convivem em regiões relativamente pequenas, mas o Português serve como língua de comércio entre todos.

  31. Todos os dias venho aqui na esperança de saber alguma coisa dos amigos que perdi com a guerra, não só em Quibala, como na Gabela e Luanda. Mas a Quibala é a minha terra preferida. Saí de lá 15 dias antes do 25 de Abril. Ficaria contente só em saber se todos os amigos que lá deixei conseguiram escapar com vida, inclusive os que não tiveram condições de vir para Portugal. O Sr. Borges, que era de S. Tomé e Principe ou de cabo verde, a Tina e a Margarida, o Manuel, o Quituco,enfim. Agora que vim parar aqui por acaso, parece que não tenho sossego. A saudade está mais viva que nunca.

  32. É com grande saudade e muita emução que, olho para estas imagens de angola, terras do fim do mundo, terras que os nossos antepassados, trabalharam com tanto amor e carinho, tiveram que abandonar á pressa e sem saberem porquê, onde e s tão os culpados? .A história os julgará.ATÈ SEMPRE SEIXAS

  33. Alguem me sabe dizer a origem do nome Quibala e o que quer dizer?

  34. Desculpa mas, não se diz Quibala e nem escreve se com Q mas com k. Diz-se kipala porque kibala já é apurtuguesado, quanto a origem deste nome e sua significação, começo pela significação. Este termo quer kipala kya samba(rosto, cara, face da Samba) quanto a sua origem. Então numa montanha que fica a este da cidade muito perto dela, vivia uma senhora que vinha de malanje e como encontrou forças dentro da cidade de modo que não podia penetrar, então decidiu em uma montanha e ela tinha o nome de Samba e como trazia mercadoria para troca, iam sempre para o local muita gente. Um certo dia uns velhos puseram-se acaminho de lá e em seguida deparam com alguns colonos eles perguntaram aos negros para onde vão eles disseram ‘y tuya ku keka y pala tya samba ou seja u tala y pala tya samba’ Tradução: (Vamos ver o rosto da senhora samba) então os brancos puseram a rir dos negro e daí os brancos passaram achamar da cidade com o nome de Kibala mas, já em forma portuguesa… Escrevo apartir do telefone mas tenho muita coisa a cerca deste municipio e do seu nome. Estou fazendo um pequeno manuel sobre este munícipio.

  35. A todos filhos da kibala feliz ano 2013 e que os bons filhos sempre voltam a casa e estaremos de braços aberto para todos os que quiserem voltar e porque devem faze-lo
    albertodasilva.as1991@gmail.com

  36. Maria das DFores Azevedo, tenho uma página no “Facebook” em que está muita malta da Quibala, que estudaram no Lar da Mocidade Portuguesa, fotografias daquele tempo…
    pode ser que encontre malta do seu tempo…
    Um abraço, Joege Oliveira

  37. Obrigada Jorge Oliveira obrigada mesmo mas não sei qual a página no facebook que devo procurar ,seria abuso da minha parte pedir-lhe que me disse-se ? agradecia muito obrigada fiquei feliz .desejo -lhe páz e saúde

  38. Boa tarde a todos.

    Só hoje acedi a este site e quero aproveitar para desejar a todos um bom ano de 2013.
    Agradecia a quem lesse esta mensagem e soubesse alguma coisa da minha família para entrar em contacto comigo para o email irene.fiscogal@net.novis.pt
    Também eu sou Kibalense, mas não vejo a minha terra à quase 40 anos.
    Vim para Portugal em 1976, Nasci na Quibala, hoje tenho 46 anos.
    Saí da Quibala com a minha mãe e os meus irmãos, num dia de baixo de fogo, quando rebentou a guerra entre a UNITA e o MPLA. só trouxe a roupa que tinha vestido no corpo.
    Vou aproveitar para contar a minha história na esperança de conseguir encontrar alguém da família, pois só cá cheguei eu e o meu irmão mais novo (Roberto Carlos Lima), que na altura veio ao meu colo.
    Estavamos todos nos camiões a caminho de Winduck e não sei por que razão acabei por não saber mais da minha mãe e da minha irmã que vinham acomodados noutro camião. A minha mãe chamava-se Lubélia Conde Figueiredo e a minha irmã Emília.
    Fomos colocados no avião para Portugal (Ponte Winduck) pela Cruz Vermelha Portuguesa e aqui colocados em lares onde crescemos.
    Gostaria por favor, se alguém soubesse alguma coisa sobre o seu paradeiro entrasse em contacto comigo.
    O meu muito obrigado
    Irene Conde Sebstião de Jesus

  39. Eu so d Ndala caxibo(kibala)estudei na escola primaria Augusto Ngangula e tambem na Escola secundaria Pinheiro das Chagas,Sou membro da associacao Ana caxibo,e pertenci na comissao de revitalizacao da Ana kibala.E tenho ido a kibala com muita frecuencia.

  40. Boa tarde a todos os quibalenses residentes e ex-residentes
    Já por varias vezes consultei este site mas nunca tive coragem de dar um “alô”.
    Também tenho muito boas recordações desta terra onde residi com os meus pais durante pelo menos 8 meses em 1961. Os meus dias eram passados na minha casa que ficava do lado de tras do loja do Sr. Tomé e da D.Milu, na escola primaria e na Pensão da Beira onde residia a minha querida amiga Filomena filha do dono de quem já não lembro o nome. Vivi aqui dias inesquecíveis de que tenho muitas saudades.
    A família dos donos da pensão creio que eram de Vila Flor ou Mirandela. Alguém se lembra ou conhece? Gostaria muito de voltar a encontra-los, pelo menos à Filomena de quem era muito amiga.
    O meu pai era polícia e era conhecido por PIMENTA.

  41. Não tenho adjetivos suficientes para descrever a beleza da cidade da Kibala ontem e hoje. Todavia só queria dar um apelo aos dirigentes para que trabalhassem com mais orgulho para que a cidade voltasse ser o que era. Obrigado.
    tef: 931544192

  42. Boa Tarde família kibalista….

    Daqui escreve o Edson da Costa natural do município da kibala, actualmente vivo em Luanda mais tenho viajado pra banda todos os anos, visto que a minha família materna nomeadamente: Mãe, Irmã,Sobrinhas, tias e tios vivem lá.

    Passo para deixar o meu desanimo relativamente a camada juvenil que actualmente reside no município, ao que me pareceu, a juventude inclinasse muito pra praticas que em nada engrandece a “banda”, nomeadamente uso excessivo de álcool, tabagismo constante, pouco interesse em actividades de desenvolvimento intelectual, inclinação acérrima em praticas de feiticismo, etc.

    Pude ainda notar que 90% dos jovens preocupam-se apenas em fazer serviços de moto taxis, com tantas oportunidades que a banda oferece.

    Fazer filhos entre a camada juvenil, tornou-se uma competição onde quem tiver maior número de filhos e mulheres é o vencedor, em resultado disso, notamos uma elevada taxa de natalidade, o que culmina com uma elevada taxa de mortalidade (devido as condições de vida precárias).

    Vamos nos unir manos, nós que estamos distantes da nossa terra, não aceitemos que estrangeiros nos roubem as oportunidades que nossos familiares poderiam usufruir.

    Vamos criar uma “ANAKIBALA” forte e coesa, afinal se não dermos o nosso melhor pela nossa terra quem o fará? Os langas no kifangondo? os portugueses nas obras ou os malianos nas lojas?

    Família apareçam, vão a pagina do facebook e procurem ANAKIBALA (Associação dos Naturais e Amigos da Kibala), lá poderemos criar debates sérios, ideias, e todo o tipo de contribuições que poderemos aplica-los para o desenvolvimento da nossa terra.

    Olha que emociono-me bastante quando estou a caminho da “banda”, pois sou filho daquela terra e quero dar o meu contributo mais para isso preciso que outros irmãos, pois o tempo urge.

    tef: 935 271 661

    Edson da Costa

  43. Olá Maria das Dores Azevedo, o nome da página no Facebook é:
    São jorge de Catofe, mande me mensagem para o email: daqui55@yahoo.com
    Um abraço,
    Jorge Olçiveira

  44. Estou á muito tempo que não vou á Quibala e estou com saudade de lá estar para saber do seu desenvolvimento e claro ver a minha família. Abraços para todos da Quibala.

  45. Tenho minha nora vivendo nessa bonita terra sendode Quibala .. eu sou de lisboa mas acho essa bonita terra!!linda gosto do que veijo por tudo que recebo por email.olimpia.

  46. QUIBALA É FILHA DE UM PAÍS BELO!!

  47. Uauuuu… é desta forma entusiástica que parabenizo esta linda página…
    os meus pais são da kibala/Cariango/kissala, vivi desde 95 a 98 parte da minha adolescência, tendo sido obrigado a partir para Luanda.
    Nós somos da kibala!!!
    Ansioso em voltar a esta página.

  48. Escrevo este pequeno texto em homenagem a meu pai, o Vidal da Quibala, grande impulsionador do desenvolvimento económico da Quibala.
    Também andei na escola, também fui a igreja, também fugi com 7 anos com a minha família no dia que a Unita e o MPLA iniciaram a guerra. Os 7 anos que vivi na Quibala, lembro-me que era muito feliz e os meus pais viviam intensamente felizes o estilo de vida africano. Em Portugal nunca foi o mesmo, o ter perdido tudo foi angustiante, mas …
    Pai, já não estas entre nós, sei que querias terminar os teus últimos dias na Quibala, não foi possível, mas sei que o teu espirito vive por lá.

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