Aerograma

Isento de Porte e de Sobretaxa Aérea

11 2011

Cada cabeça sua sentença. Ou pomba

Os escritores que acompanham Camões na estátua do largo do seu nome resistiram à aplicação dos arames para dissuadir os pombos de as usarem como poleiros. Ainda bem, porque assim teríamos ouriços em vez de vultos da Língua Portuguesa.

Como, apesar de tudo, cada estátua só alberga três pombos de cada vez, um na cabeça e outro em cada ombro, são poleiros disputados. É quase caso para dizer cada cabeça sua pomba

Pedestal da estátua de Camões
Pombos literários

Mas a estátua de Gomes Eanes de Azurara raramente merece pomba na cabeça. Não é por gostos literários das pombas, porque me garantem não saberem ler. Está voltada para o lado menos movimentado da praça, o que faz dela um poleiro com menos vista e menos lixo que garanta a refeição.

Acerca do autor

1

Nascido no século passado com alma de engenheiro, partiu para Angola, de onde envia pequenos aerogramas.

Uma resposta a “Cada cabeça sua sentença. Ou pomba”

Nota: Comentários mal-educados, insultuosos ou desenquadrados serão apagados.
  1. Pombos literários, mas virados para a “literatura” comercial. A eudição já não é o que era!

Deixe uma resposta

Nota: Os comentários apenas serão publicados após aprovação. Comentários mal-educados, insultuosos ou desenquadrados serão apagados de imediato.

« - »