Cruzeiros
Afonso Loureiro
Antes da Segunda Guerra Mundial, o transporte aéreo entre a Europa e a América passava muitas vezes por Lisboa, uma vez que o transporte de passageiros, por questões de segurança, deveria ser efectuado exclusivamente em hidroviões.
Onde hoje se situa o Oceanário, a doca dos Olivais, perto do aeroporto Gago Coutinho, era a porta de entrada na Europa para muitas carreiras aéreas. A partir daqui, aviões normais faziam a ligação a outras cidades. A evolução tecnológica na aviação trazida pela guerra e, acima de tudo, pelos milhares de aviões de qualidades comprovadas disponíveis no seu final, ditou que as rotas transatlânticas passassem a ser asseguradas por aviões normais.
O transporte marítimo, até então popular, tinha também como ponto de passagem Lisboa. Na altura em que os circos faziam digressões mundiais, o circuito europeu terminava quase sempre em Portugal, a última paragem antes da viagem para os Estados Unidos.
Por todas estas razões, Lisboa era um ponto de passagem de cruzeiros, mas, lentamente, foram deixando de aportar. O hábito de viajar de barco perdeu-se e apenas os destinos mais exóticos mantiveram as companhias de navegação a funcionar nos anos piores.
Um paquete em Lisboa
Recentemente, Lisboa voltou a fazer parte das rotas dos cruzeiros e os paquetes aportam com regularidade. É bom sinal!
Deixe uma resposta
Nota: Os comentários apenas serão publicados após aprovação. Comentários mal-educados, insultuosos ou desenquadrados serão apagados de imediato.