Bicho esquisito do facebook
Afonso Loureiro
Qualquer dia sinto-me como a Mafalda, a personagem de Quino, que era vista como um bicho raro por ser a única criança da escola sem televisão.
Bem reparo nos olhos arregalados que me miram de alto abaixo quando admito que sou o tal de quem se fala mas que todos suspeitam não existir. É verdade, não tenho facebook. E nem sequer sinto vontade de ter.
Dizem-me que é divertido, que se encontram amigos esquecidos e que tem uns jogos bestiais com galinhas e nabos. Encontro algumas falhas neste raciocínio, no entanto. Prefiro não esquecer amigos a reencontrá-los no facebook e não saber o que lhes dizer nesse sítio tão divertido e limitar-me a falar dos nabos virtuais que se cultiva ou dos últimos anúncios que se viu.
Agora que confessei o meu pecado, só tenho de passar a ter mais cuidado na rua, porque estou sempre sujeito a que me comecem a atirar amendoins…
E que tal o Aerograma ter um facebook?
Obrigado! Agora já sei como responder a todos os que perguntam por tal “bicho”. Confesso que não sendo tão conhecida, não corro riscos com a ginguba mas, já me tenho sentido “fora de moda” numa ou noutra conversa – não jogo, não faço agricultura, falo de quê com essas pessoas?!
Percebo-te bem!
Cada vez mais se cai na asneira do virtualismo das amizades…e até plantações… conheço pessoas que nem dormem a pensar nas culturas que tem de apanhar, desconfio se fossem plantaçõesde verdade que deixavam as plantações apodrecer em vez de ir dormir.
Até admito que até pode ter alguma utilidade e ser um meio de reencontro de amigos ou familiares, mas pudendo estar com a nossa familia e amigos num encontro a sério porque estarmos virtualmente com eles.
Agora deixo uma pergunta para quem tem facebook quantos amigos temos no facebook (eu não tenho nenhum) … e quantos amigos temos com quem saímos, jantamos, almoçamos…
Olá Afonso, e boa estadia ai pela terra das tulipas, bicicletas,Philips,e afins.
Sei que ando desapareciodo , mas a vida é assim , falamos depois.
Quanto ao facebook arrangem mais umas gingubas para mim.
Também vou contra a corrente,a não ser que nos obriguem a abrir conta no “f” para sermos cidadãos de “pleno direito”.
Abraço
Rui Rodrigues
Talvez fosse uma boa ideia para promover o livro, mas não me sinto tentado a embarcar nessa onda. Já passo demasiado tempo no computador…
Vou arriscar uma previsão: você vai acabar se rendendo…
(adorei esta palavra: ginguba)
abs
Não és o único. Também não ando no facebook e olha que bom…venham amendoins que eu gosto e pouco me interessa o que possam dizer o falar sobre mim