Pelos caminhos de Portugal: Alameda Dom Afonso Henriques
Afonso Loureiro
A Alameda Dom Afonso Henriques foi desenhada como o jardim monumental das Avenidas Novas, aquando da expansão de Lisboa para norte em 1940. Atravessa a Avenida Almirante Reis perpendicularmente e, por estar encaixada num vale largo, a perspectiva prega-nos uma partida e fá-la parecer maior que os seus 5 hectares.
É projecto com esculturas de Maximiano Alves e Diogo Macedo. Os baixos relevos dos torreões são do escultor Jorge Barradas. Foi inaugurada em 1948 e, na altura, tinha um dos mais avançados sistemas electromecânicos do mundo para controlar as bombas de água e as luzes que mudavam de cor.
Fonte Luminosa desligada
Trabalhou sem sofrer reparações por 54 anos. Em 2002 foi desligada por terem sido electrocutados dois cães cujos donos tinham deixado entrar no lago. A electrocussão deveu-se a falta de manutenção do sistema eléctrico e foi motivo para se desligar toda a fonte.
As obras de recuperação de 2005 foram dispendiosas, mas incluíram a substituição do sistema eléctrico e das bombas – após três anos paradas ficaram inutilizadas. Infelizmente, parece ter sido dinheiro deitado à rua. Raramente é ligada e serve apenas de mural para graffiti e depósito de lixo.
E que boas provas de tiro com arco se faziam na Alameda… Organizadas pelo Ateneu Comercial de Lisboa, se a memória não me falha.
Quase sempre interrompidas por alguém que resolvia passar por baixo das fitas e passear imediatamente atrás dos alvos de 70 metros.