Sinais artesanais
Afonso Loureiro
Antes de haver empresas dedicadas à estampagem de sinais de trânsito a usar sempre os mesmos moldes, os sinais eram pintados à mão. Por vezes as Câmaras Municipais preparavam algumas dezenas dos mais comuns com um stencil para fazer face às necessidades – sinais de cedência de prioridade, sentidos proibidos e, mais recentemente, proibições de estacionamento.
Os menos comuns encomendava-se quando eram mesmo precisos e para estes não havia armazém nem moldes que valessem. Nos casos mais urgentes era um cantoneiro mais habilidoso que os desenhava. Estou certo que muitos se recordam dos sinais de obras que eram sempre diferentes porque de tanto serem usados era necessário retocar o trabalhador. Umas vezes tinha picareta, outras pá, chapéu ou até um garrafão de vinho pintado ao lado do monte de terra. Era um traço de originalidade e autenticidade.
Sinal artesanal
Grande parte dessas peças únicas já desapareceu. Os sinais precisam de ser substituídos de vez em quando e há agora muitas empresas capazes de satisfazer as necessidades mais exóticas.
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