Aerograma

Isento de Porte e de Sobretaxa Aérea

27  11 2009

Os benefícios do CAN 2010

Muito se tem escrito (eu incluído) acerca do campeonato de futebol organizado por Angola. Geralmente fala-se da falta de infra-estruturas em torno dos estádios, dos próprios estádios, dos hotéis inexistentes, da segurança, dos empreiteiros chineses e de tudo quanto poderá fazer a competição emperrar fora do domínio desportivo, prejudicando a imagem do país.

Mural do Campeonato
As pinturas já surgiram

O atraso dos estádios parece estar resolvido. Os empreiteiros chineses costumam ficar muito motivados quando cobram taxas de urgência. E, para quem julga que não se deviam ter contratado chineses por falta de experiência na construção de estádios, que fique descansado, porque agora já fizeram currículo.

O CAN também tem coisas boas. A cerca de mês e meio do início do campeonato nota-se um esforço para melhor, pelo menos, a imagem da capital.

Foi instalado um balcão de informações junto ao aeroporto, para fornecer mapas, informações turísticas e ajudar os visitantes a orientar-se na cidade. É pena que tenha sido construído fora do aeroporto, longe do actual terminal de chegadas. Duvido que haja algum estrangeiro novato em Angola que se arrisque a sair pelo seu pé do terminal e percorra uma avenida que não lhe inspira confiança só para ir pedir um mapa e saber onde há hotéis. Aliás, para obter o visto já deve ter tido de confirmar a reserva no hotel, por isso, que se lixe o mapa.

Avenida Revolução de Outubro
Asfalto novo, um luxo

As principais avenidas da cidade, ou pelo menos, as que passam perto dos hotéis de cinco estrelas ou que ligam o aeroporto ao centro, estão a ser asfaltadas de novo. Há anos que precisavam. Ainda bem que se organizou o CAN! Logo a seguir ao asfalto novo surgiram as guias para as pinturas de riscos, para dar um ar mais civilizado às ruas. Vai ser engraçado ver se as delimitações de faixa diminuem o número de filas de carros que se consegue fazer nas ruas. Ou então, mais motivos para pequenos entendimentos entre polícias e motoristas que pisam o risco.

Acerca do autor

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Nascido no século passado com alma de engenheiro, partiu para Angola, de onde envia pequenos aerogramas.

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