De volta à rotina
Afonso Loureiro
O dia amanheceu pastoso e quente. O céu escuro, de um cinzento baço faz lembrar a época do cacimbo. Está abafado.
Após duas semanas fora, noto algumas diferenças em Luanda. Mais alguns edifícios foram demolidos e as ruas em torno do aeroporto estão mais onduladas. As obras dos esgotos vão andando devagar.
À porta de casa quase terminaram as obras. Quase.
Passei todo o dia com dores nos joelhos. Não sei ao certo se se deve às cadeiras do 747 ou aos efeitos secundários de jogar futerrato até altas horas da noite…
Resultado ao intervalo: 2-0
Parece que descobrimos por onde entram os ratinhos. Fizemos um tamponamento temporário do tubo de lançamento dos torpedos peludos que se andavam a passear pela casa.
No regresso a casa demorei hora e meia para fazer quatro quilómetros… viva a rotina!
Afonso,
Seus relatos são muito precisos. Cheguei a Luanda no domingo à noite. Espera infernal pelas malas no aeroporto, trânsito de louco.
Como diria Dominguinhos, um cantor brasileiro já falecido, “é a vida, é bonita e é bonita”.
abs
Há coisas que não mudam e nem podem mudar.
Agora essas dores no joelho… será a PDI?
Caro Afonso
Essas dores nos joelhos são sem duvida causadas pela SALGA, síndrome de abstinência de lapas, grutas e algares.
Um grande abraço
Membro suspenso
Caro Afonso Loureiro
Descobri esta sua página. Gostei muito d suas descrições, pois quem nasceu em Luanda e se despediu dela há 35 anos recorda sempre com muitas saudades essa terra maravilhosa. Quão desejava eu visitá-la! Espero que continue a partilhar das suas experiências. Vale a pena ir aí?
Diga-me algo, ok?
Em tempos jogaste futebarata, agora jogas futerrato. Afinal, um Mestre em engenharia geográfica, em pleno século XXI, precisou de ir tão longe para fazer uma especialização dos tempos de antanho?!!
Não te esqueças de acrescentar essa especialização ao teu curriculo.
São os tempos modernos, viva o progresso!
Boas caçadas, mas não esgotes os recursos, os tempos são de crise.