O primeiro pôr-do-Sol a sério
Afonso Loureiro
Com os dias de céu azul a prometer um pôr-do-Sol de estampa, haveríamos de poder apreciar um mais cedo ou mais tarde.
Ao final do dia, partimos para as praias do km 55, que são sossegadas e já não estão tão poluídas como as de Luanda. A maré estava baixa e as ondas continuavam a tentar subir o areal, como fazem desde sempre.
Praia vazia
A transição da luz do dia para as cores pastel que o poente traz é súbita. As sombras, que se ocultavam durante o dia, começam a surgir dos seus esconderijos. Tal como os animais, apenas surgem no amanhecer e no entardecer.
Ao mesmo tempo que o Sol se escondia, a Lua espreitava no horizonte contrário. Redonda e brilhante, contrastava perfeitamente com o céu metálico.
Contrastes
A Lua, companheira de rumbas e valsas, trouxe-me à memória todas as pequenas grandes coisas que partilhei e que agora estão em suspenso, aguardando as viagens de regresso.
A luz mais coada fez-me olhar para trás. O Sol reflectia-se no refluxo das ondas e saltitava entre as gotas da rebentação. Mais longe, mergulhava apressado no horizonte.
Até breve
Ao fim de muitos meses em África, pude finalmente presenciar um dos seus famosos pôr-do-Sol. Já percebi a razão da sua fama.
Só é pena durarem tão pouco, mas talvez seja essa a razão porque nos cativam. Ficamos sempre com a sensação de que um pouco mais não nos faria mal nenhum e ansiamos pelo próximo, para colmatar esta falha.
Para a mais-que-tudo
O Sol mergulhou definitivamente no mar. A Lua continuou a subir e sorriu-nos. Ela sabe!
magnifico o por do sol.
espere por mais e mostra mais tambem.
saudações assiduas e presentes
http://coresemtonsdecinza.blogspot.com
Finalmente o pôr-do-sol! Quem viu um pôr do sol em África diz que não há nada igual… aqui só o posso ver pelos teus olhos e gostei muito do que vi.
Depois veio a Lua grande companheira de cumplicidades, de rumbas, valsas e de outros grandes momentos…
Amo-te!
Ao ver estas belas imagens, acompanhadas de uma igualmente bela descrição, lembrei-me de uns versos de José Gomes Ferreira que dizem mais ou menos isto: o céu ao menos não tem muros, as aves não riscam fronteiras nem põem vidros partidos nas nuvens.
Muitos dias de sol e noites enluaradas nos teus caminhos.