11
06
2008
Custa tanto partir
Afonso Loureiro
A três dias da partida e com algumas despedidas já feitas, há cada vez mais coisas que apertam o coração.
Quando acordei com o rádio, estavam a entrevistar uma portuguesa que trabalha na Suíça. “Já falta pouco para partir também”, pensei…
Pouco depois senti que me estavam a observar. Sabia que era a Cristina que estava à porta do quarto a olhar para mim.
Queria por tudo virar-me, dar-lhes os bons dias e um abraço, mas sabia que assim que o fizesse descobria que estava sozinho. E o olhar dela nas minhas costas estava-me a saber tão bem…
A partida, cada vez mais inevitável e inadiável, custa a conceber. Custará menos depois…
Custa muito sim…..
Beijos