Para ti, que me esperas
Afonso Loureiro
A distância que nos separa causa sofrimentos indescritíveis, mas tem momentos em que parece que se esmera por nos torturar ainda mais um pouco. Quase sempre coincide com as vésperas dos reencontros desejados.
Eu sei que é um projecto a dois, mas parece construído da forma mais cretina, cada um do seu lado do mundo, tentando não esquecer o que nos une. São as rumbas adiadas e os passeios feitos de memórias de aventuras passadas. São as pequenas partilhas do dia-a-dia que se perdem. São todas as coisas boas e más que não estão presentes. São os encontros e desencontros aos quais não ligamos porque estamos perto e agora achamos ser imprescindíveis. São as saudades, que calam tudo o resto, que anestesiam o mundo e que nos fazem contar meses, dias, horas, minutos…
Por isso, meu amor, neste fim de tarde de Inverno, te pergunto:
Queres vir dançar a nossa rumba aqui, debaixo da tua janela?
Como que com algum “pudor” em entrar neste post tão íntimo, só me apetece dizer: sem comentários!
Fiquei seriamente comovida.. Há amores assim! Jamais deixem de vencer a distância*
Não resisti e voltei a ler e voltei a ter vontade de dizer mais alguma coisa.
Eu, ainda sou do tempo em que estas coisas se escreviam em “aerogramas” de papel. E o papel fica até que algo mais forte o destrua.
Ao ler este post pensei:
– E se esta coisa da internet vem a ser substituida por outra coisa qualquer, se fica incompatível, se …sei lá… se deixa de ter acesso a este “tesouro”… como é que um dia os seus netos vão poder saber o sabor deste vosso amor?
Uma sugestão: passe para o papel e ponha num cofre!
Parabéns.
São
Como me revejo neste post! Há mais pessoas que, neste momento, sofrem pela distância obrigatória. Tudo valerá a pena para quem assim sente. Concordo com a São: ” passe para o papel e ponha num cofre!” É um tesouro um sentimento assim.
Linda
Isso é simplesmente lindo!
abç JPT.
[Ou na voz de Maria Bethânia: “(…)Saudade palavra triste quando se perde um grande amor / Na estrada longa da vida eu vou chorando a minha dor / Igual uma borboleta vagando triste por sob a flor / Teu nome sempre em meus lábios irei chamando por onde for / Você nem sequer se lembra de ouvir a voz desse sofredor / Que implora por teu carinho, só um pouquinho de seu amor.(…)” ]
Sei exactamente o que isso é!!!
Eu tb estou longe da minha alma gémea há 1 ano e a minha bébé que todos os dias quando me vê frente ao PC grita Pai!!!
FORÇA!!!