Coisas de engenheiros
Afonso Loureiro
O mar em Cabo Ledo é daqueles de postal ilustrado. Águas verdes e quase transparentes, com ondas suficientes para não parecer um lago e uma corrente fraquinha. Só que o mar daqui não é o mar das latitudes elevadas.
Por outras bandas estamos habituados a água bem mais fria e menos salgada. Aqui não precisamos ter receio de entrar na água a correr, temos é de nos lembrar que só se mergulha de olhos fechados.
A temperatura e salinidade da água escondem outras surpresas. O hábito de saltar ondas está enraizado, já que mais não seja porque evita uns arrepios valentes quando a água chega ao peito. Mas, ao contrário do que acontece por lá, em que saltamos a onda e voltamos a ter pé assim que ela passa, as de cá parecem mais compridas.
Cenário de filme
Parece que a parte de maior amplitude da onda se estende por uma área maior. O comprimento da onda é diferente. Saltamos a onda e, quando esperamos tocar com os pés no fundo, temos uma surpresa. Damos por nós a esbracejar e a pontapear a água, tentando evitar um pirolito inesperado. Depois lá sentimos o fundo debaixo dos pés. A primeira vez é um pouco desconcertante, mas depois habituamo-nos.
Como engenheiros que somos, postulámos logo que o l (comprimento de onda) aqui era maior. Na verdade não é o l que é maior, porque isso apenas diria que as ondas tinham uma frequência menor, mas o trocadilho é engraçado. Engenheiros…
Aiiii que saudades!!!
A 1ª vez que pisei o paraiso de Cabo Ledo foi em 2001..era quase deserto..meia duzia de casitas dos pescadores e o restaurante do Queiroz..Tanta paz! Entretanto evoluiu..
Lembro-me de acordar de manhã e ir dar logo um mergulho nesse mar calmo e quente! 🙂
Nem na praia de papo para o ar e em banhos te deixas de engenharias… bons mergulhos nesse paraiso.
como se diz na banda, imagens faladas…;)
Esta matéria de Física dá-se no 12º… 😉