Aerograma

Isento de Porte e de Sobretaxa Aérea

11 2009

Aerograma Siciliano

À medida que a aventura angolana se aproxima do fim, agravam-se os receios de que o Aerograma se torne mais difícil de escrever por falta de assunto ou medo da repetição. Há alturas em que o artigo diário parece ser demasiado ambicioso, mas tenho conseguido.

Recentemente fiz uma pausa na escrita, tendo deixado o Aerograma entregue a si próprio e às reservas acumuladas durante os dias em que vários artigos se alinhavam para publicação. Recomecei a escrever in extremis, sem grande margem de manobra para preguiças ou bloqueios. O dia seguinte tinha de ser assegurado.

Procurando inspiração, revi fotografias das férias, ainda muito atrasadas na catalogação e ordenação. Algumas passo à frente mais depressa porque a comparação com o que vejo pela janela em Luanda é demasiado chocante.

Ainda antes de ter encontrado assunto, cheguei a uma conclusão importante. Tenho a certeza de que o Aerograma não acabará com o regresso a Portugal. Descobri que, por esse mundo fora, vou tropeçar nele nos sítios que menos esperar. Desta feita surpreendeu-me num museu em Catânia, a rir-se para mim dentro de uma vitrina.

Biglietto postale per le forze armate
Ao contrário deste, o italiano carece de selo

Já há uns meses achava que o Aerograma tinha ganho vida própria. Agora tenho a certeza.

Acerca do autor

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Nascido no século passado com alma de engenheiro, partiu para Angola, de onde envia pequenos aerogramas.

Uma resposta a “Aerograma Siciliano”

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  1. Não se preocupe com a escrita porque uma experiência em Angola dá-nos motivos para escrever o resto da vida!
    Faz seis meses que regressei e não há um dia que não pense no que aí vivi…

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