Missão do Cuando
Afonso Loureiro
A alguns quilómetros do Huambo, na estrada que liga à cidade do Cuíto, um pequeno desvio leva-nos à barragem do rio Cuando, que abastece a cidade de água. A albufeira está cheia e apenas um descarregador barulhento impede que transborde. O barulho deve-se ao vácuo gerado pelo movimento da coluna de água que, a certa altura, faz com que seja aspirado ar ruidosamente. Todas as tubagens vibram e a barragem parece ter um motor a trabalhar. É desconcertante no início, mas depois passa a fazer parte da personalidade do lugar.
Descarregador
Uma estrada estreita percorre o coroamento da barragem. Do outro lado, no cimo da colina, está a Missão do Cuando, que ficou um pouco à margem dos combates de 1993, mas não deixou de sofrer. Hoje em dia é um edifício que procura manter a dignidade, apesar dos sinais de ruína serem mais que evidentes.
Missão do Cuando
Buracos de bala, telhas arrancadas, remendos e pouca gente marcam a actualidade. Nalguns casos, a história da missão confunde-se com a dos seus habitantes, como é o caso do mais-velho que lá conhecemos, que ali tinha nascido e crescido. Também ele ostentava as mazelas da guerra.
Arquitectura característica
Todos os edifícios da missão estão às escuras, com excepção da igreja vazia. A cruz brilhante no topo da fachada contrasta com a evidente escuridão que enche as janelas das casas em redor. Serve de farol à esperança de que dias melhores virão.
À noite
Lá mais abaixo, na albufeira, pescam-se os últimos peixes e toma-se banho antes de regressar a casa. Com excepção do perpétuo pat-pat-pat do descarregador, o silêncio toma conta da paisagem e, por momentos, percebemos porque se escolheu aquele sítio para a missão.
felicidades imensas, por um seculo de existência, q Deus Pai eterno, alimentam-nos com seu begníssimo espírito, afim de melhor vivermos em nossas vida, a Páscoa do Seu amado Filho.
Por Maria, com Maria,e em Maria, saudo-vos em Cristo Jesus!!!
Paz e amor.