Até sempre. Bem-Haja!
Afonso Loureiro
Deixei Angola há umas horas. Se tudo correr dentro do planeado, estarei a cruzar o equador no momento em que o último artigo diário da vida em Angola é publicado. Daqui para a frente, o Aerograma viverá de outras paragens e talvez a outro ritmo, ditado pela vontade ou disponibilidade. Angola não deixará de ser referida, quer seja recordando artigos antigos ou através de assuntos novos, porque sei que me marcou fundo e, apesar de todas as arrelias, é difícil não gostar desta terra. Angola não se explica, sente-se.
Ao longo de dois anos publiquei aproximadamente sete centenas e meia de artigos, coisa que daria para encher alguns milhares de páginas. Houve muitos que nunca passaram de um esboço e que serão apagados por estarem desactualizados, nem que seja porque a minha maneira de encarar aquele assunto mudou. Evitei, nem sempre com sucesso, repetições de temas para que a visão de Angola fosse o mais abrangente possível. Conheci muita gente interessante, cujas histórias tentei relatar, e fiz amigos que recordarei com saudade.
Passadeira vermelha
Dois anos podem não parecer muito, mas são-no. São tempo suficiente para nos mudar por dentro ou para aprender a viver uma terra nova. Regressarei com outro espírito, talvez mais empreendedor, porque o estágio angolano ensinou-me que nem sempre podemos contar com mais que nós próprios.
Por aquilo que me mostrou e ensinou, Bem-Haja Angola. E até sempre!
Caro Afonso,
As histórias que me chegaram pelo Aerograma foram uma companhia que não dispensei ao longo destes dois anos.
Espero continuar a ter notícias.
E não posso deixar de lhe desejar as maiores felicidades, junto de todos quantos lhe são queridos.
Um abraço.
Retratos de alma. Com alma.
De tão ricos me enriqueceram.
Apetece-me mais!
Caro Afonso foi um prazer acompanhar o blogue durante estes dois anos (um dos quais coincidimos em Angola).
A saudade bate forte e acredito que talvez venha a fazer como eu que, após um ano na tuga, vou regressar em breve.
Boa viagem, bom regresso e continue a escrever.
Boa viagem e bom regresso. Adorei partilhar o dia-dia das estórias. Espero que continue a presentear-nos com as suas histórias, noutro tempo e noutros lugares.
Boa sorte para a sua vida.
Bem-vindo de volta!
Bom,agora já sabe o que é ser retornado(lol)
Bem-haja e felicidades,deseja-lhe um assiduo
leitor do seu blog.
Quando sai esse livro?
OOOOObriiiiigaaaaaddddiiiiissssiiiiiimmmooooooo,Afonso
P.S. Se por acaso tem fotos, da rua A.Lencastre ou
do Largo…..(do antigo colégio Algarve),agradecia.
O livro está para muito breve.
é uma pena que o blog esteja no fim,contudo obrigado pela magnifica escrita.benvindo e boa viajem a casa.
Caro Afonso
Esta será uma data de referência para o resto da vida , que nunca vai esquecer.
Felicidades
Henrique
Clap clap clap! Snif snif snif!
De repente imaginei-me daqui a uns meses sentada no avião a sobrevoar Angola sem regresso! Hora de alegria e nostalgia por certo, que na vivência do dia a dia angolano muitas e muitas vezes se anseia num cansaço pesado, mas que bastou usar de empatia para imaginar que custa sempre largar amarras dos locais onde deixamos a nossa marca, as nossas pegadas. E o Afonso deixou muitas por muitos caminhos que outros que se seguem vão trilhar, recordando este seu jeito brilhante de “contador de histórias”. Costumo dizer que não somos de onde nascemos e sim de todos os lugares onde sentimos que pertencemos. Eu sempre achei que de alguma forma, África tem na minha vida o sinal de pertença. Não basta passar nos lugares para que essa sensação nos invada e nos faça sentirmo-nos “dentro”, é preciso permitirmo-nos “entrar”, com envolvimento, partilha, entrega, dedicação, verdade, sentimento, gosto, visão realista sem no entanto perder a capacidade sonhadora e com humildade fazer a diferença. Foi assim que o Aerograma conquistou a minha admiração e me fez voltar sempre sendo leitura obrigatória. Já vi que não acaba aqui e isso é bom para quem ainda tem muito que palmilhar e aprendeu muito sobre uma terra que até já conhecia mas que desconcerta principiantes que não tenham já feito um estágio pelo Aerograma. Ajudou-me muitas vezes a encarar melhor muitas situações por si já referidas, tornando o impacto do menos bom, menos negativo. Vou agradecer sempre por todos os pedacinhos que partilhou connosco. Ainda falta um bom pedaço para os meus dois anos e sem dúvida que se muda no bom e no mau sentido. Ninguém sai de Angola igual ao que entrou. Que no fim se atenuem as más lembranças e se recorde o que se ganhou para melhor. Muitas felicidades, um obrigada imbondeiro.
Agora venham mais posts, rascunhos, imagens, outros que sejam serão sempre motivo de interesse para quem já se habituou à casa.
A estadia em Angola ficou marcada bem fundo. É impossível apagar as marcas deixadas.
O último fechar de porta do escritório e da casa da Mutamba foram nostálgicos, como as janelas do final dos filmes de Jacques Tati. Senti-me a fechar um capítulo que sei incompleto, com tanto que ficou para contar e viver.
Despedi-me de amigos, com um abraço silencioso e algumas palavras contidas para disfarçar as lágrimas que teimavam em aparecer. Todos dissemos Até breve, porque Adeus parecia demasiado definitivo para o que sentíamos.
Sei que sentirei uma saudade embondeiro (pedindo emprestada a imagem) de todos aqueles com que aprendi e cresci em terras africanas.
Pois é, Caro Afonso, nunca chegámos a trocar os prometidos livros.
Agora, ao chegar a Portugal, e onde tudo decorrer a um ritmo necessáriamente diferente (não que seja para melhor ou pior, só diferente) reajustar vai custar muito mesmo.
Penso muita vez na frase que mencionaram mais acima: agora vamos saber o que é ser retornado…
De qq forma, um obrigado pelos textos muito bem escritos e, que venha o livro!!
Bom regresso Afonso,
Obrigado pelos pensamentos e imagens que partilhou através do Aerograma.
Agora já sabe porque tantos de nós que por lá nasceram,viveram,passaram parte das suas vidas,ficaram para sempre com Angola nos seus corações.
Rui rodrigues
Lá dizia o ditado do antigamente na vida:
Quem bebeu água do Bengo…
Bem vindo de volta Afonso. Foi com muito prazer que recebi os seus aerogramas e me deliciei com os seus relatos dessa terra que só quem a sente, a pode conhecer.
Fico a aguardar o seu livro. Anseio por poder reler todos os seus relatos, levando os seus aerogramas para que amigos e conhecidos possam conhecer o quotidiano de uma terra da perspectiva de um “estrangeiro”, que não se conteve com as fotografias tiradas com a sua máquina e pintou, ele mesmo, relatos empolgantes das gentes e costumes.
As melhores fotos que tirou em Angola, são aquelas que permanecem no imaginário dos seus leitores, fruto das suas descrições tão realistas quanto isentas. Muito obrigado por cada momento, por cada sorriso e por ter ajudado a matar um pouco estas saudades.
Só poderei agradecer divulgando o livro.
E eu só tenho a agradecer todo o carinho que os leitores têm e o alento que me deram ao longo desta caminhada.
Olá Afonso
Tuas historias e teu jeito de escrever foram sem dúvida, marcas que merecem mesmo ir para o papel em forma de Livro.
Espero que o regresso à Portugal não signifique o abandono do blog. Afinal Aerogramas também podem viajam no sentido inverso e as terras portuguesas tem muitas histórias que devem ser contadas.
Sucesso ai no recomeço.
Bom regresso e felicidades para o futuro.
Obrigado por ter partilhado connosco as suas “imagens” de Angola. Aguardo a publicação do seu livro.
Anfonso,
Nós lá da Casa de Luanda lhe temos como um irmão. Vc chegou em Angola exatamente no mesmo período, saímos, você ficou, e relatando o que para nós é só saudades. Foi muito bom continuar ligado à Angola no Aerograma. Venha lançar o livro no Brasil.
X
O lançamento no Brasil só está à espera de vaga no calendário.
Como é Afonso, carso para breve? Grande abraço.
Cá para mim, a passadeira vermelha era mesmo para si!
Bom regresso e felicidades!
Maria
Apesar da nostálgia que foi a despedida…. é bom ter-te de volta!
obrigada por ter “passado” por ca’.
volte sempre!