Portas velhas
Afonso Loureiro
Sou um apaixonado por portas. São muito mais do que meras protecções contra os elementos e marcam a fronteira entre o público e o privado. Especialmente as mais antigas, porque as novas são feitas em série e todas iguais, reflectem um pouco as mãos e sensibilidade do artesão que as fez.
Nalgumas, é a própria decadência que lhes dá um certo encanto e traz uma sensação de tempos áureos há muito passados.
Porta de Alfama
Agora que estou pelos lados de Lisboa, não perdi o hábito de andar de máquina fotográfica na mão. Passear a pé permite encontrar muitos pormenores que costuma ficar escondidos atrás das esquinas. Depressa reparei que um dos temas que mais fotografava eram as portas velhas dos edifícios decrépitos.
Na Vila Bertha
Não consigo deixar de olhar para elas e imaginar as gerações que guardaram.
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