Aerograma

Isento de Porte e de Sobretaxa Aérea

20  12 2008

Dondo

A duas centenas de quilómetros da capital angolana, numa curva do Kwanza, encontramos mais um sítio interessante, o Dondo.

Tenho reparado que o Kwanza tem um recanto a conhecer a cada curva que faz. A Cabala fica no Kwanza, a Muxima também e agora, já mais distante, o Dondo surge em mais um cotovelo do rio.

Quem não tiver um mapa à mão, pode pensar que o Kwanza faz umas voltas muito esquisitas. Se saímos para Sul, encontramo-lo, mas, se saírmos para Este, damos por nós a cruzar o rio que dá o nome à moeda nacional novamente.

Luanda nunca esteve em guerra. Houve alguns desacatos com alguns tiros disparados aqui e ali, mas guerra a sério nunca teve. Acabamos por nos esquecer que, até há meia-dúzia de anos, a guerra civil ainda fazia parte do quotidiano do resto do país.

Ao sair de Luanda em direcção ao Leste, somos confrontados com a realidade que muitos viveram. Dois velhos tanques guardam uma lomba da estrada para Malanje. Acabaram abandonados e as pessoas refizeram a vida à sua volta.

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Sentinela adormecido

O clima de paz é evidenciado pelos postos de controlo abandonados e até pela duração das viagens, que antigamente estavam sujeitas a atrasos devido a situações militares instáveis.

O Dondo, que não mudou de nome com a independência, está agora a pouco mais de duas horas de viagem de Luanda. Pelo caminho encontramos as relíquias da guerra e um posto de controlo à entrada da província do Kwanza Norte. Controlo de passaportes no meio do nada. Já vinha avisado do controlo, mas julguei sempre que se trataria de polícias. Afinal, na berma da estrada está um funcionário do Serviço de Migração e Estrangeiros, com a sua camisa branca e as perguntas da praxe.

Esta será a coisa que mais me custa a habituar em Angola, o constante controlar de movimentos. O constante relembrar que sou estrangeiro. O olhar desconfiado para o visto e passaporte… adiante!

O Dondo surge após a travessia de uma ponte sobre um leito seco. Há poucas casas de chapa. O bairro mais recente tem aspecto de ter sido construído na década de 1950. Semelhante, à sua maneira africana, aos edifícios do Centro Emissor Ultramarino, em Pegões.

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Dondo

O centro da povoação, que é pequena, tem um aspecto mais antigo. As casas são de alvenaria de pedra, de paredes grossas e janelas grandes. Fiquei a pensar que terra portuguesa era aquela. Lembrei-me do Alvito ou de Alter do Chão, mas com cores garridas.

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Centro

Na esquina oposta ao BPC, encontramos a cervejaria Sol e Pó, do mais-velho Tomás. Está pintada de branco e azul, tal como o banco estatal. O balcão de cimento está polido de tanto uso. A sua cor acastanhada não esconde os milhares de mãos que já lá deixaram gordura.

No frigorífico há gasosas frias e cervejas mornas. Algumas mangas maduras enchem os espaços vazios. A cada cerveja pedida, sai o aviso de que ainda não está fria. Ninguém se importa.

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Terra com história

Quando se pergunta se ali só se bebe ou também se pode comer, o dono grita pela Escurinha. A Escurinha, que se chama mesmo assim, gere um negócio paralelo. Cozinha nas traseiras da cervejaria e serve petiscos numa sala com três mesas tortas com vista para o interior do balcão do mais-velho Tomás. Ele cobra as bebidas e ela a comida.

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Paredes velhas e tinta nova

A Escurinha faz uns pregos no pão fantásticos, a que chama sandes de bife. Têm um tempero apurado. Acabei por pedir mais um, mesmo sabendo que os médicos da consulta do viajante se estavam já a retorcer antes de eu provar o primeiro. Como não se passou nada, recomendo uma visita à Escurinha!

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Telefone 42

A rua principal do Dondo, com as suas árvores velhas de risca branca a fazer de polaina, trazem aquela sensação de familiaridade estranha. Quando se vai a um país estrangeiro, é natural que se vejam coisas diferentes, mas aqui…

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Marcas do tempo

Desde há muitos anos que me fascino com portas. Separam o mundo privado do espaço público, a vida privada da que mostramos aos outros.

Nalguns países, as portas são tratadas apenas como a fronteira. São objectos funcionais, que aumentam o conforto e impedem acessos. Noutros locais, são mais que isso, protejem os ocupantes de espíritos e feitiços e são decoradas com símbolos poderosos.

Outras civilizações preocupam-se não só com o aspecto funcional da porta, mas também com o seu aspecto estético, criando conjuntos interessantes.

Tenho fotografado portas por esse mundo fora. Algumas lindas, outras banais. Todas partilham a magia de serem portas. E cada local tem um estilo próprio de portas. As mais feias que vi, foi na Letónia…

Há locais onde a arquitectura é semelhante, como na fronteira entre França e Suíça, mas de cada lado da fronteira as portas apresentam estilos diferentes.

Em Angola esperava ter a mesma sensação, mas dei por mim a fotografar as portas com que cresci…

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Porta dos Paços do Conselho

Ao contrário do que acontece perto de Luanda, andar de máquina fotográfica na mão no Dondo não levanta problemas. Excepto se não quisermos fotografar pessoas. Todos querem que lhe tirem o retrato. Todos sorriem e pedem mais uma fotografia. Mas depois não querem ver o resultado nem perguntam quando lhes dou a foto. No Kwanza Norte são diferentes.

Sendo o único branco na terra, fui o centro das atenções. Todos me queriam conhecer. E alguns cometeram a proeza de me reconhecer!

Durante o almoço, dois polícias à paisana até se ofereceram para me acompanhar e mostrar a terra. Começaram a conversa tentando adivinhar qual a minha nacionalidade. Tentaram dizer umas palavras em chinês, com sotaque africano. Eu sorria. Depois arranharam o inglês. «Português», disse eu. Do outro lado da esplanada disseram que era angolano.

Com o calor a apertar e o apelo de uma cerveja morna à sombra, acabaram por ficar sentados na esplanada da cervejaria e fui sozinho, com o número de telefone de um deles, não fosse o caso de alguém me incomodar enquanto fotografava a cidade.

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Compañero João Ambriz

Uns quarteirões mais à frente, um mais-velho olhou para mim e começou a falar em Castelhano. Ubiera estado em La Havana y tenia mucho orgullo en todos los compañeros de Cuba, gracias!

Porreiro, em Angola já sou confundido com árabes, chineses, brasileiros e cubanos, que mais faltará?

A resposta surgiu na esquina seguinte.

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Ana Maria

A Ana Maria veio-me cumprimentar efusivamente. Pediu que lhe tirasse a fotografia e depois perguntou se estava tudo bem comigo, que já não me via há muito tempo. Disse-lhe que devia estar enganada, porque era a primeira vez que vinha ao Dondo. «Mas não és o filho do Sr. que morava ali naquela casa»? Apontou para uma casa em ruínas. Confundiu-me com o filho de um dos colonos.

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Ferro forjado

A minha primeira impressão da cidade foi a de que a construção era oitocentista. Fui descobrindo, aqui e ali, algumas portas de casas e candeeiros de ferro fundido confirmavam as suspeitas.

Os candeeiros mostram que nas colónias, mesmo no séc. XIX, já havia locais onde o progresso chegou primeiro que à metrópole.

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Jogos de sombras

Mas o Dondo não é só a cidade. É, acima de tudo, o Kwanza. É lá que se passa tudo. Durante todo o dia a azáfama das margens contrasta com a pacatez das ruas.

As lavadeiras ocupam uma grande extensão da praia e partilham a água com banhistas, que levam câmaras de ar para o rio. Mergulham, nadam e chapinham na água a cheirar a sabão. Canoas fazem serviço de táxi de uma margem para a outra.

Algumas canoas são conduzidas a remo e outras à vara. O rio não é muito profundo. Pelo tráfego e pelo aspecto das margens, ficamos com a impressão que se lava na margem esquerda e que se põe a roupa a corar na margem direita.

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Lavadeiras e banhistas

No meio das canoas-táxi, que deviam ser pintadas de azul e branco, para evitar confusões, circulam outras, com menos gente. São os pescadores, que procuram um local onde lançar a rede.

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Barqueiros

E, como não poderia deixar de ser, há crianças por todo o lado. Algumas brincam no rio, outras acompanham as mães a vender fruta e peixe frito.

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Quatro crianças, duas cuecas

Duas mais curiosas, vieram pôr-se a jeito para a fotografia. A mãe dizia para virem ter comigo. Um irmão mais tímido nunca foi capaz de se aproximar de mim. Tinham saias feitas do mesmo pano e missangas coloridas iguais no cabelo. Não havia dúvida de que eram irmãs.

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Djanela e Débora

A mais nova quer ser professora quando for grande. A mais velha, do alto dos seus quatro anos, diz que ainda não sabe. Mas faz perguntas, muitas perguntas.

No fim do dia deixei o Dondo, mas sei que vou voltar.

Acerca do autor

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Nascido no século passado com alma de engenheiro, partiu para Angola, de onde envia pequenos aerogramas.

31 respostas a “Dondo”

Nota: Comentários mal-educados, insultuosos ou desenquadrados serão apagados.
  1. Mais uma visita guiada… desta vez pelo Dondo. Gostei muito de conhecer esse cantinho e as pessoas que se cruzaram contigo e as pequenas Djanela e Débora são umas giraças.

  2. Parabéns pelo seu blogue. É francamente bom. Força aí!

    Quero no entanto ressalvar uma sua afirmação, a de que Luanda nunca esteve em guerra. Luanda esteve em guerra, sim senhor, e não foi pouca, em 1974 e 1975, sobretudo no musseque. Nessa altura, travaram-se em Luanda ferozes combates pelo controlo da cidade entre o MPLA, a FNLA e a UNITA, os quais acabaram com a vitória do MPLA. Até um hospital (S. Paulo) foi diversas vezes bombardeado!

  3. Quando fui ao Dondo, em Julho, era Domingo e dia de pic-nic ao longo da marginal do rio. Á medida que deixava o Dondo, abria muito os olhos como que a “beber” as últimas gotas daquela paisagem, até porque sabia lá quando poderia voltar a ter o prazer de ver aquela paleta de verdes!
    Afinal foi mais cedo do que eu pensava! O Dondo hoje chegou-me (mais a parte urbana e menos o rio) dentro de um aerograma!

    Se por acaso alguém quiser espreitar as minhas imagens do Dondo e de outros locais que visitei nos nove dias que estive em Angola, fica convidado a aparecer em http://picasaweb.google.pt/carvalho.conceicao .Serão bem-vindos,embora as minhas fotografias não tenham as molduras bonitas de palavras com que que o Afonso as enfeita.

  4. magnifico. nasci nessa terra e vim com 6 anos para Portugal. Vivo com algumas recordações que me fazem querer rever e sentir essas lembranças.. gostaria de saber se me pode enviar mais fotos do Dondo. Como quero ir aí, gostaria de saber quanto teria de despender para realizar essa viagem? obrigado

  5. As viagens até Angola são caras, porque isto fica longe de quase tudo. E a estadia, apesar de não ter as condições que o preço poderia fazer supor, custará o mesmo que um bom hotel de quatro estrelas.
    Entre vacinas, vistos, viagens, aluguer de carro, alojamento e alimentação, duas semanas em Angola podem custar mais de 5000 dólares, só para dar um exemplo.

  6. Este é talves o post mais bonito que li,sobre Angola neste aerograma;)
    O melhor para terminar o ano a comentar sobre Angola, um país que transpira beleza, alegria e uma esperança muito propria dos Angolanos.
    Eu sou Angolana e eu tenho ESPERANÇA em ver a minha Angola bem melhor; Sim, é essa a esperança que nos acompanha, ano após ano, ou como se diz em bom mangolé, é a esperança que estamos com ela.

    Festas Felizes para si Afonso, quer esteja no hemisfério norte ou no sul, e continue com os retratos escritos e fotograficos;)
    Um Kandando!

  7. Eh pá… eu quero ir ao Dondo!!!

  8. Obrigado por me ter recordado a terra onde vivi durante 26 anos “Dondo”. E pelas imagens.

    Cumprimentos

  9. Berlin só teve guerra no fim da IIª guerra? Berlin esteve em paz? Luanda teve umas escaramuças, é isso? O país 30 anos asfixiado e em Luanda não houve guerra? As cebolas e o alho importados, porque seria?

    Kandandos,
    Toke
    Luanda-Angola

  10. Luanda nunca viu operações militares no seu centro urbano. Nunca viu guerra de minas. Nunca viu os seus bairros conquistados rua a rua às forças inimigas. A batalha mais próxima a que assistiu foi a de Kifangondo, na foz do Bengo.

    Comparada com o Kuíto, Huambo ou tantas outras cidades, Luanda viveu em paz os anos das várias guerras.

    Se a população de Luanda aumentou brutalmente, foi graças aos milhões de refugiados que fugiram… da guerra. Luanda ainda era um sítio seguro.

  11. Boa tarde

    Eu, nasci em Luanda, mas tinha família no Dondo, em Cassualala, antes de chegar à ponte vindo de Luanda, lado esquerdo, morava o meu avô Almerindo Ferreira, penso que ainda tem mulher e filhos, claro raça negra que muito estimo, se houvesse pelo menos uma foto de lá agradecia.

    Bem haja
    Carlos Pinheiro

  12. obrigado a Afonso pois nasci em cassualala por isso abri uma empresa no canada agora também em Portugal
    com o nome da terra que me viu nascer obrigado pelas fotos lindas.

  13. Afonso Loureiro ,o eu sincero Enu tua sakidila, por me
    mostrar imagens da terra onde nasci e cresci até aos 17 anos . Está ainda muito degradada, mas irá ser reabilitada
    como outras terras , assim espero . O meu obrigado

  14. Encantada com a reportagem…adorei rever a terra onde nasci…as ruas ondee corri…o rio que me adoptou para a vida…Obrigada Afonso, pela oportunidade de regressar a um passado no qual ,fui imensamente feliz!!

  15. Adorei rever as imagens do Dondo onde fiz a minha instrução primária. Parabens!
    Já fui de férias em 2007 e 2009 a Angola e não tive opurtunidade de vizitar a terra que muitas vezes recordo.
    Espero que seja da próxima.
    Ainda se apanham de madrugada os famosos lagostins?

    Paz alegria e prosperidade para o Dondo e de um modo geral para Angola.

    Um abraço a todos

    joão fernando baptista

  16. Lagostins não sei se ainda se apanham, porque não vi lá ninguém a vender lagostins ao almoço.

  17. Boa Noite!
    João penso que foste meu colega de escola no Dondo, na n.º18.
    Gostava que me enviasses mensagem para o meu mail de forma a poder falar contigo.
    Meu mail é arminduoliveira@gmail.com
    Aguardo resposta, um abraço
    Armindo Oliveira

  18. o senhor obrigou-me a chorar aos 62 anos. BEM HAJA MEU GARO AMIGO

  19. Sinto-me honrado que a minha partilha lhe tenha despertado emoções.

    Bem haja pela visita.

  20. Ola a todos, nasci e cresci no Dondo,sai de la aos 17 anos frequentei a primaria e a secundaria pois para continuar mos a estudar teriamos q ir para Ndalatando ou luanda foi o meu caso e de muitos da minha epoca.O meu avo era o taxista.Apesar da difilcudade em reconhecer alguns sitios tive imenso prazer de rever a terra que me viu crescer , de que recordo com imensas saudades.Obrigado pelo espectacular recordar que nos proporcionou.Bom trabalho.

  21. Obrigada sr. Afonso Loureiro por mostrar fotos da cidade do Dondo onde vivi .

  22. Li tudo, de uma ponta a outra, e fico muito agradecido a todos. Fui militar em Angola, entre 1963 e 1965, tendo justamente passado os últimos meses da minha comissão no Dondo, acho que entre Maio e Outubro/65!
    De todos os pontos de vista, foi o melhor sítio onde passei, em terras de Angola durante a guerra colonial.
    Também estive no Bembe, Mussungo e Santa Eulália. A minha companhia era a de Cavalaria 486, do Reg Cavalaria 7!
    Se alguém tiver quaisquer dicas ou pistas sobre estes locais, agradeço indiquem.
    De qualquer modo, obrigado a todos os que contribuiram aqui sobre o Dondo.
    Um abraço a todos!
    Azevedo

  23. O Dondo foi também um dos locais que mais gostei de visitar. Obrigado pelo comentário.

  24. Olá eu sou o Eugenio Giovetty,filho do falecido sr.Giovetty,sai do do do com apenas 10 anos,hoje tenho 30 anos e sinto muita saudade da minha terra Natal,confesso que vivi mais tempo em Luanda que no rondo que e a minha terra,mas ainda sinto muita falta da minha terra e dos meus amigos,Mano,garito,maninho,esta terra e muito especial para mim boas lembranças ficaram marcadas,sempre Eugenio giovetty( Dadao).

  25. Adorei, queria eu estar contigo neste momento que visitaste o meu Dondo, tu o retraste duma maneira extraordinária, te juro que amei este aerograma.
    Infelizmente o João Ambriz faleceu, mas o Dondo continua com coisa maravilhosas pra oferecer.
    Com este trabalho perfeitamente feito por ti, o Dondo terá muitos visitantes. Tu és especial, obrigado pelo teu trabalho.

    Cristóvão Manuel João “Jildong”

  26. Caro Cristóvão,

    É com muita pena que recebo a notícia do falecimento do João Ambriz. A conversa que tive com ele foi muito mais longa do que a que transcrevi no Aerograma. Sei que havia mais para partilhar de parte a parte se tivesse havido tempo, e que a segunda parte da conversa ficou adiada para o meu regresso. Infelizmente, ficou adiada sem data…

    Bem haja pelas notícias.

  27. Uma pergunta dirigida a Tina Fonseca, gostaria de ter notícias de Avelino Fonseca, que foi afinador de teares na SATEC e era filho da taxista do Dondo (Fonseca).
    Como fui chefe da tecelagem e ele foi meu subordinado, tinha interesse em saber o que é feito dele.

  28. lembro-me de viver no DONDO até aos meus 7 anos,tenho algumas recordações e gostaria de ver mais imagens dessa vila onde fui tão feliz e de recordações muito saudosas,desejava mesmo muito manter contacto com quem viveu no dondo ate 1974.

  29. António Pacheco os meus pais trabalharam na SOTEC família Cardoso……..

  30. Boa Tarde,chamo_me Joaquim Ribeiro trabalhei no Dondo fàbrica da Vinelo no ano de 71 até 75 gostaria de ter contactos com pessoas que tenham estado durante estes anos pelo Dondo e Cambambe e amigos da EKA Alto da Fina agradeço novidades.Parabens Sr. Afonso pela linda reportagem.

  31. Bernardo Quissonde Manuel André é o meu nome Também conhecido para uns como Cany e os meus amigos mais Antigos assim como o Eugenio (Dadão), sou o CANGAVO.
    sinto-me bastante satisfeito ao ver estas fotos da minha velha cidade do Dondo.

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