Triste património
Afonso Loureiro
Aproveitando uma manhã chuvosa, fomos a Sintra visitar o Palácio da Vila e ver as suas inconfundíveis chaminés do lado de dentro. A História do edifício remonta aos tempos da ocupação árabe, da qual ainda hoje subsistem marcas até nas populações da região.
Nos seus tempos áureos, do reinado de D. Dinis até D. Manuel I, sofreu ampliações e adaptações, que tornam a visita num verdadeiro labirinto de escadas e portas de vários tamanhos. Tem salas assombrosas, mas que revelam uma atmosfera muito mais íntima que as de épocas mais tardias, em que salas dignas de reis tinham de parecer picadeiros, como as do barroco francês.
Sala dos Brasões
Há alguns anos sofreu obras de recuperação, que hoje servem de pretexto para cobrar uma das mais caras entradas em Palácios Nacionais. Infelizmente, nos dias de chuva apercebemo-nos de que as obras não cuidaram do mais importante. As salas e os móveis estão com bom aspecto, mas os telhados metem muita água.
Debaixo da goteira
Cai água na Sala dos Brasões, há baldes estrategicamente colocados debaixo das goteiras mais insistentes e chão molhado um pouco por todo o lado. A atenção da visita prende-se mais na procura da infiltração mais próxima do que nas tapeçarias ou mobiliário. É triste.
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