Fábrica da Pólvora de Barcarena
Afonso Loureiro
Durante anos circulou o boato da explosão da fábrica precisamente ao meio-dia de uma determinada data longínqua. A data foi-se aproximando inexoravelmente e no dia certo houve uma debandada para Lisboa. Como seria de esperar, a fábrica não explodiu nem tinha razão para tal, mas a superstição tomou conta de muita gente.
Alguns anos mais tarde, na mesma semana em que se comemorava o dia de Santa Bárbara, a padroeira dos polvoristas, a fábrica explodiu mesmo e desta vez sem aviso. A versão oficial regista que se deve à produção de faíscas durante o transporte de uma máquina. As únicas testemunhas do facto morreram nesse preciso instante. O estrago foi de tal ordem que a fábrica nunca mais voltou a operar. A reconstrução das paredes não era complicada, mas a reparação e modernização das máquinas pareceu demasiado dispendiosa.
O espaço tem actualmente outras funções, entre as quais as de núcleo museológico dedicado à fábrica da pólvora e parque de lazer. A maioria das instalações sobreviventes está recuperada e há a destacar as duas centrais eléctricas e os moinhos de pólvora.
Uma longa história
Uma visita é sinónimo de passeio agradável e pelo meio até encontramos painéis de azulejos a enaltecer a longa história da fábrica.
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