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Isento de Porte e de Sobretaxa Aérea

11  10 2011

Deixar obra feita

A localidade de Montachique tem uma igreja discreta, que agora dá nas vistas porque foi pintada de novo. O contraste das paredes brancas e cunhais azuis com as ruínas cinzentas e baças suas vizinhas é demasiado grande para não se deixar de reparar.

É graças a esta nova pintura que reparamos no relógio com mostrador de pedra na torre de dois andares de foi acrescentada ao edifício original. A curiosidade pelo relógio leva-nos a descobrir que há uma inscrição que conta a história da torre e do próprio relógio.

Relógio da torre
Relógio

Montachique não teve apenas como beneméritos os contrutores de sanatórios, alguns dos quais confundidos com fortificações das linhas de torres – mas isso é outra história.

Francisco de Souza carvalho mandou fazer esta torre e colocar o relógio no anno de 1834
História da torre

Cerca de um século antes dos sanatórios fecharem e algumas décadas após a última Invasão Francesa falhada, o Sr. Francisco de Souza Carvalho ofereceu a torre e o relógio. Deixou a sua marca.

Acerca do autor

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Nascido no século passado com alma de engenheiro, partiu para Angola, de onde envia pequenos aerogramas.

2 respostas a “Deixar obra feita”

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  1. Sigo o teu blog desde que decidi vir para Luanda, ajudou-me a conhecer um pouco de Angola antes de cá chegar, obrigado por isso. Quanto ao relogio, não saberás o significado do “IIII” romano?

  2. Nalguns relógios mais antigos, a numeração romana não seguia a convenção actual, seguia antes a tradição de relógios medievais onde o IV se escrevia IIII e também a tradição ditada pelo gosto de Luis XIV, que preferia esta representação – e os relojoeiros que forneciam a casa real francesa produziam relógios com IIII.

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