Saída de campo noutra era geológica
Afonso Loureiro
Muitas das memórias partilhadas pela grande maioria dos colegas de curso incluem as famosas saídas de campo de geologia, pouco antes do Natal do primeiro semestre de faculdade. No meu caso, já foi no século passado.
De vez em quando lá alguém se lembra de falar no Tony sempre de martelo na mão, pronto a recolher mais uma amostra geológica. Alguns colegas encheram os bolsos de pedras e pedrinhas que depois despejaram em qualquer lugar por se aperceberem do disparate que é colher amostras ao acaso e sem interesse em guardar.
Também recolhi algumas, que me lembrava de ter identificado, mas depois perdi-lhes o rasto. No quintal vão-se amontoando no fundo dos canteiros pequenas colecções de rochas curiosas, mas as desse dia estavam em parte incerta.
Basaltos com disjunção prismática, amostras de mafraíto, mármore e outros calhaus variados
Encontrei-as nas arrumações, pois claro, guardadas na caixa que agora me lembro perfeitamente ter preparado. As pequenas marcas de tinta branca com a numeração a negro estavam em perfeito estado e algumas sabia ainda onde tinham sido recolhidas e, muito mais importante, porquê.
A legenda, essa, é que está em parte incerta. Devo ter de ficado de a passar a limpo e acabei por a perder. Está na hora de arrumar melhor os cristais de quartzo e pequenos geodos num dos canteiros e enfiar lá mais estas.
Suponho que tenhas o vídeo dessa épica visita de estudo… se não, diz que eu envio-te, vale bem a pena recordar!
Já o vi muitas vezes e continuo a achar de doidos a reportagem paralela que se vai fazendo em busca dos ovnis. Mas como não o tenho, envia-me quando puderes.