Peixe Arrancador
Afonso Loureiro
No fim-de-semana das eleições resolvemos ir almoçar ao mercado de arte. Tínhamos esperança que a Xilombo tivesse alguma coisa apetitosa a grelhar. Não tinha. Com as tolerâncias de ponto e as eleições, não conseguiu comprar peixe ou choco e acabou por não abrir a loja.
Até mesmo a banca de peixe à beira da estrada estava vazia, por isso não era de espantar.
Teresa de volta da cozinha
Fomos um pouco mais acima, à Teresa, que tinha peixe e choco. Desculpou-se por só ter um tipo de peixe e que não era dos melhores, mas na praia só tinha conseguido comprar arrancadores. Por um momento veio-me à ideia uma armadura de lâmpadas fluorescentes, com balastros e arrancadores, mas depois olhei para a grelha e vi uns belos peixes.de tamanho médio, com uma cabeça esguia. Seriam roncadores? Provavelmente.
Com a escolha já feita ainda antes de chegarmos, pedimos um peixe e um choco.
A pedido de muitas famílias, o lombo do peixe
O acompanhamento foram as habituais batatas cozidas, que partilham a grelha com o peixe. Ficam com um sabor especial. E pensar que há quem anseie por ir ao Shopping de Belas só para comer picanha…
A mosquinha do peixe era acompanhamento ou foi convidada para o almoço?
A mosquinha no peixe é o tempêro!
Finalmente, não tenho de olhar para a boca aberta de espanto, num esgar de grito, do pobre peixe. Como vozes de peixe não chegam ao grelhador, este, nem o titulo lhe valeu, foi arrancado como os outros.
Espero que tenha feito bom proveito.
A visão do lombinho do peixe é muito mais agradável, mas aquele tempêro com asas tem um aspecto assustador.
O têmpero da Tia Teresa estava um espectáculo.
A mosquinha chateia, mas não tanto como o adepto da picanha ao domingo (ih, agora fui mau).
Afonso, será que o Previpiq funciona com as moscas? (ih, agora fui ainda pior…).