Aerograma

Isento de Porte e de Sobretaxa Aérea

25  11 2008

Falta um mês…

Falta um mês para o Natal…

Quando saímos à rua já podemos ver as decorações de natal,  as luzes, até o frio já chegou.

Vamos pensando nas prendas e nesta correria,  nem damos importância ao verdadeiro sentido da quadra.

Recordo com saudade os natais de criança passados na casa dos meus avós em que era tudo vivido com muita simplicidade. Os serões eram passados ao calor da lareira e em família, os preparativos da festa, os bolos, as filhoses, a consoada e depois colocavámos os sapatinho na lareira e no dia seguinte era a correria para ver o que tinha o sapatinho, mas o mais importante de tudo eram os momentos passados em família.

Eu este Natal quero sentir o calor da família e ver o brilho dos olhos dos que me rodeiam… eu só sei que vou ter melhor prenda do mundo.

Para irmos entrando no espírito aqui fica.

Last Christmas – Wham!

Acerca do autor

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Nascida na Maternidade Alfredo da Costa, no belo ano de 1977. Auditora financeira de profissão, envia aerogramas da metrópole para Angola.

5 respostas a “Falta um mês…”

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  1. é o espirito da quadra consumista que vigora. É certo que só em quem deixa seduzir-se por ele.
    Eu vou dar uma e só uma prenda igual a todos de quem gosto.
    Um beijo, um enorme Feliz Natal e a minha presença. Há quem a apelide de prenda… que assim seja.

    FELIZ NATAL (Di-lo-ei novamente maisà frente)

  2. Em Angola não se sente falta do Natal. A expressão consumista ainda é mais marcada, com pais-natal encasacados e um calor de ananases.

    Estamos todos na contagem decrescente para regressar à família, só com as prendas dos abraços e olhares. Sentimos falta dos cheiros e das vozes.

    Todos os dias espreito no sapatinho, para ver se a minha prenda já chegou (um bilhete de avião de regresso)… mas parece que vou ter de esperar.

  3. Olá!

    Descobri recentemente o Blog do Afonso e devo confessar que o tenho devorado…
    A vida, de facto, é um carrossel incrível e lendo as vossas palavras não posso deixar de partilhar convosco os meus anseios.
    Uns partem outros regressam, vidas que se cruzam sem por vezes termos noção do tanto que nos liga.
    No próximo dia 23 parto para Luanda, para passar as festas com o meu namorado que está em Saurimo…
    Há meses que ele me pede para o visitar, algo apreensiva não conseguira aceitar o convite anteriormente… mas é desta! É desta que irei conhecer Luanda, Malanje, Saurimo e essa Angola de que tanto ouço falar nos últimos tempos.
    Tenho uma enorme admiração por ele e por si também… por quem consegue abandonar o seu conforto, os seus amigos e a sua família… por um trabalho e condições que nem sabemos muito bem quais são antes das vivermos!

    Parabéns pelo seu Blog! Não imagina o que me tenho divertido com as suas palavras e parabéns pela sua coragem!

    Obrigada por este espaço! Votos de um Bom Natal e quem sabe não nos cruzaremos no Aeroporto 4 de Fevereiro…

    Uns regressam… outros partem!

    Bjs

  4. Eu também tenho curiosidade em conhecer o país que acolhe o meu mais-que-tudo… vou conhecendo através das palvras muitos locais mas não há nada como ver com os nossos olhos.
    Concordo consigo quando diz que tem admiração pelos que partem… eu também a tenho e dou muito valor ao sacrifício que é feito.
    Desejo-lhe um bom Natal e um bom Ano.

  5. Confesso-lhe Cristina que, África em si nunca me fascinou em demasia… nunca tive vontade de partir ao seu encontro… para a semana partirei finalmente ao encontro dessa vida tão diferente da nossa mas ao qual estamos tão ligadas…
    Confesso também que, depois de ouvir tanta história à volta dela, tenho um certo receio de ficar logo mas é presa no aeroporto… não porque transporte algo ilegal mas porque é um país com um funcionamento tão próprio e ao qual eu não estou nada acostumada…
    … mas todos os dias ouço dizer que é impossível não nos apaixonar-mos pela terra em si… terra no sentido físico do que é mesmo África…
    O Afonso encontrou esta forma magnifica de partilhar consigo e connosco (nós os anónimos!)também as suas experiências por lá…
    Não sei se a Cristina partilhará da minha vivência mas, às vezes sinto-me nas histórias das nossas mães e tias que eram madrinhas de guerra daqueles que partiam para essa África tão grande e tão rica de histórias…
    A riqueza dos nossos tempos é que hoje temos a internet e às vezes melhores comunicações, para nos podermos manter em contacto todos os dias… mas a distância… essa é a mesma! e pelos vistos, muitas dessas histórias vividas por lá… também!

    Obrigada pelas suas palavras! Votos de Boas Festas para ambos!

    bjs

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