Antigo Novo
Afonso Loureiro
Quem segue a costa para Sul, afastando-se de Luanda, vai encontrando algumas povoações importantes. A primeira é Porto Amboím, centro pesqueiro de renome. A segunda é Sumbe, a antiga Novo Redondo.
As pinturas recentes mantiveram a sigla antiga
Nota-se que a cidade também sofreu com o abandono, mas, talvez por estar um pouco à margem das principais operações militares, não se orgulha de muitas cicatrizes de guerra. Envelheceu com uma certa dignidade, digamos.
Os Leões do Sumbe
A arquitectura de quase todos os edifícios da cidade baixa, pequenos e grandes, é a esperada. Muitas construções das décadas de 1950 e 1960, em estado fóssil, mas bem preservadas.
Cidade alta
Na parte mais antiga da cidade, logo acima do Palácio do Governador, as casas são mais pequenas e baixas. Remontam ao período em que o Novo Redondo começava a assumir-se como importante entreposto comercial.
No parque dos namorados, o coreto é redil
Sumbe é uma cidade limpa. No centro não se vê lixo amontoado aos cantos e a marginal é varrida continuamente, afastando a poeira dos lancis pintados de branco e preto. Nos musseques que apertam a cidade contra o mar, o lixo já é visão corrente, mas nunca em tão grandes quantidades como em Luanda.
A aposta do governo do Kwanza-Sul em recuperar as aptidões turísticas da capital da região está a começar a dar resultados. A praia é convidativa e os restaurantes e hotéis têm condições.
Catedral do Sumbe, concluída em 1975
Símbolo da modernidade desta terra é a Catedral de traça original que se ergue numa elevação sobranceira à baía. Sabemos que é uma igreja, mas não deixamos de estranhar a insistência nos triângulos. É a versão triangular de uma obra hiperbólica de Oscar Niemeyer.
Os vitrais, aparentemente simples soma de triângulos coloridos, emprestam uma atmosfera mística ao interior. E as paredes rendilhadas, apesar de ajudarem a refrescar não nos dão a sensação de estar desabrigados.
A data que refere em relação à construção da igreja do Sumbe não me parece correcta. Lembro-me de em 1973 lá ter passado e já haver a igreja. Eventualmente que algo tivesse teminado em 75. Mas atendendo a que a partir de 74 muita coisa se precipitou em Angola, mais argumentos tenho para lhe dizer que não foi construida em 75.
Aqui fica o reparo, também como prova de como “saboreio” cada “onda” que me chega desta “navegação”.
De facto, não encontrei a data de construção na Igreja de Sumbe, mas confiei nas informações que obtive no SanzalAngola.
Da próxima vez que for ao Sumbe, tentarei confirmar a data.
Encontrei uma data provável para a construção da Igreja de Nossa Senhora da Conceição: 1965. Quando conseguir confirmação, emendo o texto do artigo.
Bonita cidade
Alentejo-1-1-2010. Sempre gostei da cidade de novo redondo e quanto aquilo que aqui vi gostei,fiz um reparo que nada me agradou foi ver(um coreto tranformado num curral de gado.
A Igreja foi construida pelo meu Pai, Mestre Figueiredo, Empregado da Marques Seixas. Foi começada a construir em 1969 e terminada em 1972.
Por paixão e admiração, envolvi-me num trabalho de pesquisa para elaboração de uma proposta, tendo em vista a provável restauração do antigo edifício do Marques Seixas. Como gente da terra, agradeço a vossa colaboração no sentido de disponibilizarem toda a informação possível sobre este património centenário, de modos que possamo todos contribuir para que o mesmo tenha uma nova dimensão histórica e cultural emblemática.
Os meus agradecimentos.
Atenciosamente,
António Machado Gonçalves
Lic. Hist. Pedag.
Em maio de 1966 fiz a minha primeira comunhão nesta igreja
tenho saudades da cidade