Siga aquele táxi!
Afonso Loureiro
O Huambo é, de facto, uma cidade diferente.
Qual não é a nossa surpresa quando, à saída do aeroporto, somos esperados por um táxi de Lisboa. Os famosos fogareiros com a folha de alface em cima fazem o serviço de táxi porta-a-porta, como lhes compete. Têm taxímetro e tudo. A bandeirada é de 100 Kz e, ao contrário da maioria dos taxistas de Lisboa, os do Huambo são educados e não conduzem como uns loucos.
As frotas de iáces azuis-e-brancas têm um público-alvo diferente, tal como os moto-táxis. Autocarros há, mas são poucos. Só faltavam mesmo estes táxis e o combóio para ter uma oferta completa de transportes públicos.
Fogareiro
A frota é recente. Os primeiros quatro táxis chegaram ao Huambo em Janeiro de 2009, mas já têm clientes certos. A cidade é pequena e, a menos que se queira visitar cidades em redor, alugar um carro não compensa. O trajecto do aeroporto ao hotel mais distante fica em cerca de 500 Kz, doze vezes menos que o aluguer de um carro pequenino. Depois de se estar no centro, quase tudo se pode fazer a pé. Atravessa-se o Huambo em menos de meia-hora de passeio.
Aos poucos, os serviços normais das cidades do resto do mundo regressam a Angola. Tem de se começar por algum lado.
Que saudades dos taxis pretos com o verdinho em cima…
Acho que é uma boa aposta.