Tintin au Congo
Afonso Loureiro
África está cheia de mistérios. Um deles é a tremenda popularidade de Tintin, especialmente a sua aventura africana, que é de tal maneira racista que até o autor se viu forçado a censurar edições mais recentes, reduzindo a espessura dos lábios com que tinha desenhado os pretos (sim, desenhou pretos, não desenhou congolenses) e retirando algumas cenas que desagradaram os defensores dos direitos dos animais (aqueles que não perceberam que aquilo era apenas banda desenhada).
Numa terra onde os mais inocentes comentários são encarados como uma expressão de racismo e de neo-colonialismo latente, é curioso como se encara esta banda desenhada. Se calhar é mesmo por ser exageradamente racista que ninguém a leva a sério. É tomada, julgo eu, como uma sátira aos estereótipos da época.
Tintin nos pretos, trabalhando para a Sonangol
Quem diria que o Tintin havia de andar a vender óleos da Sonangol montado num Ford T?
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