Futuro desfocado
Afonso Loureiro
Vivemos presos entre o passado e o futuro, num instante a que chamamos presente. Tudo quanto está para trás pode ser interpretado e avaliado até que comece a fazer algum sentido. O futuro é intuido com base na experiência. Umas vezes adivinhas-se, outras não.
Há alturas em que fazemos planos e seguimos uma linha de rumo nítida. Sabemos para onde queremos ir, como lá chegar e conhecemos todos os pontos de passagem de antemão.
Noutros momentos, a imagem que temos do porvir perde a nitidez. O que nos pareceu ser uma viagem tranquila começa a ter os seus contornos esbatidos e a transformar-se num borrão escuro. Receamos ter feito planos com base em premissas erradas. Duvidamos de tudo e refazemos as contas. As somas não batem certas. As subtracções também não. Não encontramos o erro, mas o Futuro já não é o que sonhámos.
Há também os momentos em que a viagem corre de acordo com o planeado, mas começamos a suspeitar que ainda não nos apercebemos de perigos importantes. Tememos que a Lei de Murphy ataque em força, sem dó nem piedade.
A minha condição de expatriado em Luanda deve-se, sobretudo, aos planos de um futuro melhor, de uma vida a dois sem tantos sobressaltos, de conseguir a estabilidade que a tantos falta. Mas a capital angolana tem o condão de nos fazer sentir impotentes. Atropela sonhos, destrói memórias e abafa sentimentos. A pouco e pouco, a linha de rumo que se parecia com um fio de prumo começa a contorcer-se, tentando fugir a esta teia. Novos planos se traçam sobre os antigos, sempre com o mesmo objectivo. Começamos a perceber que teremos de os ajustar um pouco mais à frente. As coisas nunca são assim tão simples…
Os dias como os primeiros, de olhos esbugalhados, começam a alternar com os dias em que apetece mandar tudo às urtigas, de chamar os bois pelos nomes, de dizer palavrões. Pensamos no rumo e tentamos ajustar tudo outra vez. Sonhamos com o fim-de-semana, em que se foge da cidade e se pode arrumar a cabeça, esquecer os dias maus e lembrar que há um objectivo a atingir.
O Futuro nem sempre é nítido
Caro Afonso,
Permita-me que lhe sugira que não esmoreça. Na vida, a régua e o esquadro podem ser desnecessários para manter o rumo. O fio de prumo, a verticalidade é que é importante. As memórias, os sonhos e os sentimentos não podem ser violentados se nos mantivermos verticais. Os imbecis, as bestas e os criminosos não podem ficar com o caminho livre para moldarem o futuro do mundo a seu belo prazer.
Não esqueça também que aí para os donos do poder a vida dos outros vale nada, zero. Digo isto não para assustar, mas para que não se deixe impressionar. Força! e que a sua meta seja atingida como merece.
Os meus cumprimentos.
elmiro
O nosso plano está bem traçado e definido… mas as dificuldades aparecem, tudo o que sonhamos cor de rosa ganha novos tons e torna-se cinzento. Termos de tornar as nossas fraquezes em forças e continuar a lutar por esse futuro que sonhamos.
A batalha é dificil mas no final a conquista terá um sabor especial.
Beijos de quem tem muito orgulho me Ti.
Amo-te!
A vida de cada vida, mesmo num mundo ao contrário, não pode ter só dias de bruma, o sol também espreita, ainda que fugidio, nas esquinas do tempo.
Dobra a próxima esquina e agarra-o com muita força!
Ânimo, meu filho! “Tudo vale a pena, se a alma não é pequena”.
Um abraço ensolarado.
boa noite
tenho seguido este teu programa,nao tenho a tua escola imigrei muito novo para a o estrangeiro nao te rias dos erros se nao je t’ecris en francais, hehe é so para te dizer que este ano 2009 è critico para todos muito sofrimento é um novo siclo muitas coisas vao mudar tens de ser guerreiro venho de portugal ha uma semana o nosso povo anda triste toda a europa sofre fala
Compreendo-o.
Sei o que isso é, afinal já cá ando há muito.
Mas aprendi que desistir não é o melhor caminho.
Imagino que o plano que o levou a África tem uma baliza do tempo incluída.
É só mais um esforço., garanto-lhe porque sei que assim é. Depois de tudo passado é um instante. E olhe que não estou a querer fazer graça.
Um abraço virtual.
EC
fala-se do pior eu estou me preparando para ir para angola para montar negocio de camioes e construcao civil sei que ai tamben é duro mas gosto da aventura gostava que me desses umas dicas tu es o homem do terreno ,achas que para o meu ramo tenho saida?que devo mandar em primeiro?pois eu vou ja mandar um camiao sem saber como è ai,levo na ideia se nao der vendo ai ja agora que negocio achas que tenha saida ai?sabendo que as rendas sao tao altas meti uma relote dentro da caixa do camiao nao sei para onde vou nem onde ficar estou ai em agosto mais um angolano nao te vou chatiar mais tens de ter coragem aguenta porque aqui tamos todos apertar o cinto
avec tous les respects sebastiao
Afonso
Concerteza que tiveste um dia mau. Um grande abraço dos teus companheiros das grutas. Força amigo.
Afonso, por muito mau que o quadro esteja, nunca desista dos seus sonhos. Confie em si e nas suas capacidades!