Ramadão
Afonso Loureiro
Lembro-me de, há quase vinte anos, ter ouvido noticiar o início do Ramadão nos idos de Janeiro. O mundo era muito grande na altura, com gentes a festejar coisas diferentes lá longe.
Portugal mudou muito e o início do Ramadão já não é notícia exótica, faz apenas parte da vida de muita gente. O mundo começou a encolher a uma velocidade crescente e acabou por se tornar uma verdadeira aldeia. A mistura de povos fica mais interessante a cada dia que passa. Agora podemos ver muçulmanos nos bancos de jardim passando as contas entre os dedos enquanto rezam e esperam pelo pôr-do-Sol. No supermercado, alguns comprar tâmaras para quebrar o jejum sem pecar…
Fico feliz por ver que as diferenças de uns e outros não são factores de clivagem. Aos muçulmanos, um bom Ramadão e aos outros todos, também!
Olha o post fantasma…
Olha lá, estavas a falar a sério na história da miopia?
É uma hipótese a considerar.
Olha lá, nas fotos dos barcos na praia de Santiago, tens umas mesmo dentro de um dos navios. Aquilo não é um bocado perigoso, mesmo sendo só no nível superior? Penso que tenhas subido ao Karl Marx, que é o mais acessível, pelo menos pelo que as fotos mostram. E explorar mais as entranhas dos barcos, não?
Os que estão ao largo, mais longe da costa, não estarão em melhor estado?
Essa praia deixa-me muito curioso…acho que vou chatear alguém para lá numa das próximas viagens.
Não foi o Karl Marx que visitei, foi um pequeno petroleiro mais a norte. O estado de certas partes do navio não inspira confiança e é necessário procurar bem onde estão as travessas antes de pisar o convés.
O interior dos navios não é recomendável explorar muito. Têm sido devidamente reclamados pelos defecadores de porão que solucionam a falta de casas-de-banho na praia.