A saudade dos retornados
Afonso Loureiro
Nas cidades que mais cresceram a seguir à revolução de 1974, as saudades de Angola ainda se fazem sentir.
Milhares reconstruíram as vidas nos bairros em torno da capital, invocando, sempre que possível, as referências à vida passada. Os que partilhavam o êxodo apegaram-se a estes nomes, como que se de cordões umbilicais se tratassem.
Alguns negócios desapareceram, bem como muitos portugueses ultramarinos, seguindo a ordem natural da vida, mas continua a ser frequente encontrar os letreiros que para mim eram mistério e que só passaram a fazer sentido depois de alguns meses em Angola.
As praias de Cacuaco
A Angola colonial sobreviverá nas memórias cada vez mais romantizadas dos que a deixaram e dos seus descendentes que ouviram histórias de África desde crianças. Sobreviverá também na saudade com que se baptizaram os novos começos de vida.
Os meus pais, primos e tios moram todos À volta desta café. O meu primo parava aqui quando todos andávamos a estudar, e nunca (até vir para aqui)tinha percebido aquela palavra tão estranha.
Ele há coisas; quando comecei a ler o artigo, lembrou-me de imediato este reclame, e eis que mais abaixo surge a foto do belo do Cacuaco… a internet encurta mesmo distâncias…
Obrigado, esta sensibilizou-me|
Bem vindo à Tuga caro Afonso!
Sei que és amigo do Paulo Rodrigues, assim se quiseres matar saudades do mundo subterrâneo, estás convidado a aparecer no dia 14 na Serra da Arrábida (cabo Espichel).
Temos essa saida agendada para esse dia.
Parabéns pelo teu execelente e original blog que regularmente leio.
Abraço, Rui Francisco (loia).
O pulinho a Portugal foi só para matar saudades…