Santorini
Afonso Loureiro
Sei que a comparação é injusta. Afinal de contas, Santorini não passa de um calhau no meio do Mediterrâneo e Luanda é a capital da grande Nação Angolana. Mas é também nos contrastes que se encontra a beleza.
Santorini vive para os turistas. Embelezou-se para os cativar e sabe recebê-los. Faz das suas fraquezas os seus pontos fortes, como se tivesse seguido as orientações milenares de famosos generais chineses.
Postal ilustrado
Luanda não gosta de turistas. Faz os possíveis para que se sintam a mais desde que chegam ao aeroporto até que partem. Sem levar Kwanzas, obviamente.
Postal ilustrado
Em Luanda cobram-se diárias de hotel astronómicas, que acompanham o preço das refeições. As ruas são inseguras e até os polícias é preciso temer. O simples acto de fazer uma fotografia faz o turista sentir-se criminoso. A verdadeira antítese deste resto de vulcão onde se fala grego.
Casas amontoadas
Em Santorini as casas amontoam-se umas nas outras. A lembrar os candongueiros temos paredes brancas e as portas e janelas azuis. Não fora a falta de poeira e latas de cuca amassadas nos cantos, o visitante mais desatento poderia julgar-se em Luanda.
Azul e Branco
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