As cubanas da Quibala
Afonso Loureiro
Na Quibala, numa pensão modesta em condições, mas cobrando as dormidas segundo a tabela angolana dos cem dólares, encontrei um grupo de cubanas a conversar animadamente. O sotaque cubano distingue-se bem, especialmente nos plurais, quase sempre omitidos. Naquele final de tarde recontavam histórias de aventuras passadas, invocando conhecimentos mútuos que lhes faziam brilhar os olhos.
Fim do dia na Quibala
No dia seguinte voltei a encontrá-las depois do almoço. Estavam sentadas debaixo do alpendre, no estado de dormência que antecede as sestas. Aproveitei o lugar vago à sombra e conversámos por uns minutos. Acharam estranho que falasse Espanhol, mas tive de confessar que o que se fala em Cuba é mais fácil de compreender que o Castelhano madrileno e, na verdade, o meu Espanhol não é nada de especial, mas sei um Portuñol soberbo.
As três mulheres, na casa dos cinquenta anos, estavam em Angola há três meses. O primeiro, antes de serem enviadas para o Kwanza-Sul, passaram-no em Luanda e agora estavam felizes por ter vindo parar a um sítio tão sossegado. O trabalho não se compadece com os intercâmbios culturais e tive de as deixar, sem chegar a saber os seus nomes, nem o que ali faziam, mas julgo que estejam ligadas aos serviços de saúde ou escolas da região, pelo que percebi da conversa com o recepcionista da pensão.
Ficam-me na memória aquelas três avós vindas de longe a apreciar um momento de calma no planalto angolano.
Boa noite, o meu nome é Paula Cristina da Cunha Mendes nasci em Quibala no ano de 1974. O nome da minha mãe é Maria Teresa Fernandes Cunha.
Venho por este meio perguntar se o sr. privou ou tem conhecimento de quem seja a minha familia.
Sou mais uma alma que quer respostas vindas do passado.
Obrigado
Paula Mendes
pcmrijo@hotmail.com
Estive na Quibala apenas duas tardes e não pude aprofundar muito as indagações.
qual o seu mail sff