Azenhas
Afonso Loureiro
Um pouco por todo o país, as azenhas abandonadas há algumas décadas começam a ser recuperadas. Por vezes são o que de mais importante as pequenas aldeias têm de património para mostrar para além das igrejas e capelas.
A maioria caiu no abandono com ao surto migratório da década de 1960, quando deixou de haver mãos suficientes para as ceifas e não se justificava ir moer o centeio à azenha.
Azenha recuperada
Grande parte das recuperações passa apenas pelo arranjo estético do edifício. levanta-se o telhado de novo, põe-se a mó no sítio, umas peças de madeira novas com aspecto funcional e um bonecos a fazer a vez de moleiro. A azenha cumpre a sua função de património visitável mas já não trabalha nem há quem a saiba fazer trabalhar.
Na Quarta-feira, uma pequena aldeia do Concelho do Sabugal, recuperam uma das azenhas. Sempre achei que tinha sofrido obras de fachada, mas na última visita encontrei a porta aberta e descobri que a recuperação tinha passado também pelas pás que movem a mó. Esta ainda funciona e suponho que deve moer de vez em quando para as escolas.
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