Aerograma

Isento de Porte e de Sobretaxa Aérea

02 2010

Qualquer sítio serve

Os luandenses têm um extraordinário à-vontade para regar qualquer pedaço de parede, pára-choques alheio ou berma de estrada que encontrem em momento de aflição urinária. A desculpa habitual é a falta de sanitários públicos, mas notam-se diferenças de decoro entre quem procura um canto recatado para esvaziar a bexiga e aqueles que o fazem no […]

02 2010

Hesitação toponímica

A aparente arbitrariedade que reina a nova toponímia de Luanda é inexplicável. Todos admitem que é um sentimento lícito desejar apagar as marcas do passado colonial. Por essa razão há pedestais vazios e escudos com as quinas apagadas. Seria compreensível que se procurasse também alterar a toponímia de forma a que os heróis do colono […]

02 2010

Cativar os seguranças

Seguranças sentados em cadeiras partidas à porta das lojas e bancos, quase sempre a dormitar, são uma instituição angolana, uma definição de identidade nacional, digamos. São um subproduto da guerra civil. Representam a resposta a tempos conturbados em que as lojas eram assaltadas com muita frequência e também à falta de preparação de muitos homens […]

02 2010

Sexta-feira, o dia da ironia

A Sexta-feira de Luanda é conhecida como o dia dos homens ou pelo dia em que as mulheres casadas dormem sozinhas, tal é a fama das aventuras extra-conjugais dos angolanos. Enquanto as mulheres ficam em casa a cuidar dos filhos, os homens vão para as festas nocturnas onde muita cerveja, pouca roupa e música para […]

02 2010

Esquivas e m’baias

As ruas de Luanda têm um colorido próprio, emprestado em partes iguais pelo pó vermelho da terra e pelo azul e branco dos candongueiros, que representam uma grande parte do trânsito da cidade. O seu número exacto é desconhecido, embora as autoridades confirmem quatro mil licenças válidas e estimem que haja mais três dezenas de […]

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