Arquitectura colonial
Afonso Loureiro
Grande parte do património arquitectónico de Luanda deixado pelos colonos encontra-se em mau estado. Muitos anos de uso e abuso marcaram fachadas e abalaram alicerces, de tal forma que, para muitos edifícios, o destino está mais que traçado. A demolição é inevitável.
No entanto, de vez em quando, deparamo-nos com a excepção à regra. Um ou outro edifício escapou mais ou menos incólume à destruição e abandono que um país em guerra trouxe. Vamos sabendo que alguns edifícios, ao contrário de muitos outros, mantiveram os seus elevadores a funcionar, os esgotos desentupidos e os sistemas eléctricos sem grandes avarias.
Em bom estado
Em frente ao Hospital do Prenda, perto da pérola do musseque, um edifício isolado destaca-se. A pintura está em bom estado, a fachada não ostenta muitas marcas de antigas máquinas de ar condicionado e, acima de tudo, a traça original ainda não foi completamente adulterada com a construção de anexos ou pisos adicionais.
A arquitectura desta época tem características bem marcadas, como as coberturas nos terraços, os pés-direitos altos com ventilação junto ao tecto para combater o calor e as janelas com palas a fazer sombra nas vidraças durante as horas mais quentes. O Museu Arquitectónico de Luanda por vezes mostra-nos estas raridades.
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