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10
2010
Regresso aos arquivos
Afonso Loureiro
Depois de assistir à destruição de parte dos arquivos da Junta Autónoma de Estradas, no final de Junho, regressei ao local, para ver o que tinha sobrado.
No chão espalhavam-se algumas lombadas rasgadas, etiquetas de pastas e pedaços de máquinas de telex desmontadas. No meio de tudo isto, a prova de que o arquivo era desprezado há demasiado tempo, uma etiqueta de extintor caducado há quase quarenta anos.
Extintor caducado
Mesmo sabendo ser um arquivo morto, apenas com utilidade para historiadores, custa comparar as fotografias do antes e do depois. A sala cheia de pastas deu lugar a uma exposição de prateleiras vazias.
Arquivos despejados
Daqui a uns meses regressarei ao local, para ver no que as portas abertas resultaram.
Antes do fim
A JAE será talvez o simbolo máximo do que é a corrupção incólume, absolutamente absolvida e abençoada por um malangino João Cravinho, armado em anjinho que disse um dia que o general acordou com pesadelos quando este desmascarou o que para ali ia de roubalheira.
Portugal está lixado enquanto não se interrompa novamente esta bagunça iniciada há 36 anos.
Mas como? A Belgica bem tenta, mas não consegue governar isto.