Aerograma

Isento de Porte e de Sobretaxa Aérea

02 2009

Made in China

Parte da mística de Angola é a falta de alojamentos turísticos com condições. Nos grandes centros urbanos ainda se vai encontrando um ou outro hotel, mas, nas cidades mais pequenas, essa tarefa pode ser difícil.

Geralmente, as condições não são as melhores. Pode não haver água, casa-de-banho ou até mesmo portas no quarto, mas de diárias de 100 dólares ninguém escapa.

Quando se viaja pelo país, conta-se logo com o pior. Desta forma, somos surpreendidos quando encontramos alguma coisa a que chamamos hotel sem esboçar um sorriso irónico.

No Huambo fiquei hospedado numa destas excepções. Um hotel com H grande, parafraseando os comentadores de futebol. Obras recentes, decoração cuidada, elevador a funcionar, água quente e com pressão, restaurante com empregados eficientes.

Aos poucos, comecei a notar que havia um certo padrão dominante no hotel. Quase tudo era chinês. No entanto, as coisas não tinham o aspecto desmazelado e frágil que habitualmente associamos aos produtos chineses. As imitações eram boas!

As camas eram confortáveis e o ar condicionado funcionava, embora com pequenas contrariedades. O único senão eram os mosquitos que insistiam em dormir comigo. Suponho que esses não fossem feitos na China, mas nunca se sabe…

Acerca do autor

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Nascido no século passado com alma de engenheiro, partiu para Angola, de onde envia pequenos aerogramas.

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